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Encontro de aliados de Dilma: lideranças definiram estratégias para tentar reverter a vantagem de José Serra no Paraná | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Encontro de aliados de Dilma: lideranças definiram estratégias para tentar reverter a vantagem de José Serra no Paraná| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Pessuti tenta atrair PV

De olho em um apoio do PV do Paraná à candidatura de Dilma Rousseff (PT), o governador Orlando Pessuti (PMDB) almoçou ontem com as lideranças do partido no estado. Apesar de se tratar de um encontro informal, o peemedebista, que é coordenador político da campanha de Dilma no Paraná, questionou os verdes a respeito de um possível apoio à candidata petista. A resposta, porém, foi que, antes de se posicionar, o PV local irá aguardar a decisão que será tomada pelo diretório nacional da legenda, no próximo dia 17.

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Derrotados no Paraná por uma diferença de 5% na disputa presidencial, os petistas locais vão dividir a campanha de Dilma Rousseff em coordenações regionais para tentar reverter a vantagem tucana no estado. A aposta na conquista de votos neste segundo turno está no corpo a corpo de deputados estaduais e federais eleitos na chapa do senador Osmar Dias (PDT), candidato derrotado ao governo estadual. De acordo com as lideranças do PT no estado, a campanha vai priorizar a comparação entre os governos Lula e FHC e mostrar os papeis exercidos por Dilma e pelo candidato José Serra (PSDB) em cada um deles. Como coordenador político da campanha, foi escolhido o governador Orlando Pessuti (PMDB).

Na última quinta-feira, cerca de 300 lideranças estaduais ligadas à candidatura presidencial petista se reuniram em Curitiba para traçar as estratégias da campanha no Paraná. No encontro, no qual se decidiu pela manutenção das coordenações regionais que já existiam para a campanha ao Palácio Iguaçu, os correligionários de Dilma defenderam a forte atuação dos parlamentares eleitos como forma de virar o jogo no estado. "A presença dos parlamentares é fundamental, porque eles têm uma relação muito próxima com a comunidade e também com prefeitos e vereadores", afirmou o presidente estadual do PT, Ênio Verri. A expectativa é que a partir da próxima quarta-feira a campanha esteja nas ruas, já com forte participação dos deputados eleitos.

Além de Pessuti, que atuará como coordenador político, a campanha de Dilma no Paraná, principalmente no interior, deverá ter a presença de Osmar Dias, dos senadores eleitos, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), e do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Discurso de comparação

Apesar de demonstrarem confiança, os aliados locais de Dilma terão de reverter a vantagem conquistada por Serra no Paraná, que obteve 43,94% dos votos válidos no primeiro turno, contra 38,94% da candidata petista. Em Curitiba, base eleitoral do governador eleito, Beto Richa (PSDB), a diferença foi ainda maior: 44,68% para Serra e 26,82% para Dilma.

"Faremos um trabalho de comparação. Quem viveu o período FHC e quem viveu o período Lula sabe o que é ter Serra e ter Dilma no governo", declarou Verri. "Vamos mostrar também o absurdo que está sendo a tentativa de desconstrução da imagem da Dilma com ataques de foro íntimo. Debatendo do ponto de vista político, temos certeza que o eleitor não terá dúvidas de quem escolher."

Gleisi tem um discurso ainda mais pesado ao comparar a atuação de Dilma e a de Serra no governo federal. "Há dois projetos em jogo. De um lado, temos um candidato que foi o ministro do apagão, do desemprego, do baixo salário, da exclusão social. De outro, a candidata que foi ministra do governo mais popular deste país, da inclusão social, do desenvolvimento econômico, da imagem positiva do Brasil no mundo", comparou. "Temos de mostrar quem realmente está do lado da vida e preza a melhoria de vida dos brasileiros, para darmos continuidade a tudo que vem sendo feito."

Osmar

Na reunião da última quinta-feira, quando apareceu em público pela primeira vez desde que perdeu a eleição para o governo do estado, Osmar prometeu se empenhar para a vitória de Dilma. O pedetista elogiou bastante o presidente e disse que o que Lula fez por ele "nem um irmão faria". "O Lula é realmente uma pessoa especial, iluminada. Quando ele me pediu para entrar na campanha da Dilma esta semana, eu disse que não precisava nem me pedir, porque a Dilma também foi muita companheira [durante a minha campanha]", disse.

Questionados sobre uma possível vinda de Lula e Dilma ao Paraná neste segundo turno, as lideranças petistas afirmaram estar trabalhando nesse sentido. Verri, porém, admitiu que, devido às gravações dos programas eleitorais e à preparação para os debates, será muito difícil que os dois venham ao estado. No primeiro turno, três visitas do presidente Lula foram insuficientes para dar uma vitória a Dilma no Paraná.

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