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Veja que Dilma continua a se distanciar de Serra, segundo pesquisa Datafolha |
Veja que Dilma continua a se distanciar de Serra, segundo pesquisa Datafolha| Foto:

Denúncias não influem na intenção de voto

As denúncias envolvendo a ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, pelo menos até o momento, não impactaram no resultado da pesquisa de intenção de votos. De acordo com cientistas políticos, a falta de uma imagem, algo que se traduza em prova, faz com que as denúncias ainda não preocupem o eleitor.

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São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 51% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha. Segundo o levantamento realizado entre 13 e 15 de setembro e divulgada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, o escândalo sobre a quebra de sigilos fiscais de integrantes do PSDB e da filha e do genro de José Serra não causaram nenhum impacto significativo na corrida presidencial.

Segundo a pesquisa, 57% dos eleitores tomaram conhecimento do assunto, mas só 12% se disseram bem informados. Entre essas pessoas mais bem informadas, Dilma tem 46% das intenções de voto, contra 33% de Serra e 14% de Marina. Na outra ponta, entre as pessoas que nunca ouviram falar do escândalo na Receita Federal, Dilma atingiu 53%, Serra teve 24% e Marina ficou com 8%.

O coordenador da campanha de Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, avalia que as denúncias envolvendo familiares da ex-ministra Erenice Guerra não contaminaram a campanha da Dilma. "Não existe nenhum elemento que contamine a campanha da Dilma."

A pesquisa ocorreu após a segunda denúncia, que poderia respingar em Dilma, o suposto tráfico de influência que ocorria na Casa Civil durante sua gestão, por meio da secretária-executiva Erenice Guerra, e seus familiares. Porém, não houve pergunta específica sobre o tema.

Se as eleições fossem hoje, Dilma venceria a disputa já no primeiro turno. De acordo com a pesquisa, a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 57% dos votos válidos (o que exclui brancos e nulos), contra 30% de Serra e 12% de Marina.

Os outros candidatos – Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) – não atingiram 1% das intenções de voto.

Dilma lidera em todas as regiões do país, em todas as faixas de renda e de escolaridade. Ainda de acordo com o Datafolha, a petista está em fase de "alta estabilidade", com pouca variação em todas as estratificações. As únicas variações além da margem de erro ocorreram no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Brasília e em Belo Horizonte. Dilma teve queda no Paraná e em Brasília, mas ainda segue líder nas duas regiões. Em Curitiba, Dilma perdeu oito pontos e voltou a perder de Serra (28% a 36%), embora ainda mantenha a liderança no estado (41% a 35%). Em Brasília, a petista caiu de 51% para 43%, enquanto Serra tem 21%.

No Rio Grande do Sul, Dilma avançou de 43% para 45% e Serra recuou de 38% para 34%. Em Belo Horizonte, a petista passou de 40% para 44%, enquanto o tucano registrou alta de 23% para 25% nas intenções de voto.

3 senadores

Dilma Rousseff provocou uma cena inusitada na campanha política fluminense. Durante almoço na Associação Co­­­mercial do Rio, ela defendeu o voto em três senadores, sendo que existem apenas duas vagas em jogo. Desde o início da campanha, Dilma e o presidente Lula declararam apoio ao petista Lindberg Farias e ao senador Marcelo Crivella (PRB). O novo nome é Jorge Picciani (PMDB), fiel escudeiro do governador Sérgio Cabral. No discurso, Dil­­­ma saudou o trio reunido à mesma mesa.

"O Crivella, o Lindberg e o Picciani constituem os candidatos da minha campanha e do projeto do presidente Lula. Os três estão preparados para representar o Rio no Senado", declarou a candidata.

Uma recente pesquisa de opinião identificou empate técnico entre Crivella, até então líder isolado, Cesar Maia e Lindberg, que cresceu nos últimos dias.

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