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A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) divulgou ontem uma carta aberta dirigida aos dois candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), na qual critica o tom religioso que vem predominando no debate eleitoral. A entidade pede "respeito à democracia, à cidadania, à diversidade sexual, à pluralidade cultural e religiosa". E reivindica que o Estado legalize a união civil entre pessoas do mesmo sexo e criminalize o preconceito contra homossexuais.

"Não é aceitável que o preconceito, o machismo e a homofobia sejam estimulados por discursos de alguns grupos fundamentalistas e ganhem espaço privilegiado em plena campanha presidencial", diz o texto. "Não podemos aceitar que nosso processo eleitoral seja confundido com uma escolha de posicionamentos religiosos de candidatos e eleitores. Não podemos aceitar que estimulem o ódio entre nosso povo."

"Não queremos casar na igreja de véu e grinalda, mas sim garantir nosso direitos civis", disse ontem o secretário da Região Sul da ABGLT, Márcio Marins.

Políticas públicas

A carta da ABGLT pede para que os candidatos retomem o debate do segundo turno focando propostas para políticas públicas nas áreas de educação, segurança pública, saúde, cultura, emprego, distribuição de renda e economia.

O documento faz ainda um apelo aos dois candidatos: "Não maculem suas biografias e trajetórias. Não neguem seu passado de luta contra o obscurantismo". E lembra dos feitos de tucanos e petistas à frente do governo em relação aos direitos dos homossexuais: a criação das Coordenadorias da Diversidade Sexual e a normatização do aborto legal no SUS (no governo do tucano em São Paulo); e a criação do programa Brasil sem Homofobia, além do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, coordenado pela petista no atual governo.

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