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Dilma Rousseff na Rua XV ao lado de Gleise Hoffmann, Osmar Dias e Roberto Requião: candidata do PT usou camiseta para proteger a cabeça das bexigas com água | Jonathan Campos / Gazeta do Povo
Dilma Rousseff na Rua XV ao lado de Gleise Hoffmann, Osmar Dias e Roberto Requião: candidata do PT usou camiseta para proteger a cabeça das bexigas com água| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Dois atos isolados de agressão marcaram ontem a passagem da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, por Curitiba e Pinhais, na região metropolitana. No centro da capital, ela foi alvo de três bexigas cheias d’água jogadas do alto de um prédio comercial. Já em Pinhais, uma bandeira foi atirada contra a caminhonete utilizada pela petista durante uma carreata. Ela também esteve em Piraquara. Em sua passagem pelo Paraná, a candidata não falou com os jornalistas e não comentou os incidentes. Na quarta-feira, o presidenciável do PSDB, José Serra, foi atingido por bolas de papel e outros objetos quando participava de uma caminhada no Rio de Janeiro.

O primeiro incidente da passagem de Dilma pelo Paraná foi registrado pela manhã, na Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba, logo após a candidata subir em um jipe ao lado dos senadores eleitos Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) e do candidato derrotado ao governo, Osmar Dias (PDT). Eles estavam no calçadão da XV de Novembro quando, no meio da quadra, entre as ruas Presidente Faria e Barão do Rio Branco, três bexigas alaranjadas, cheias de água, foram atiradas do alto de um dos prédios. Uma das bexigas acertou o capô do jipe e estourou.

Dilma chegou a olhar para cima para tentar identificar quem arremessou a bexiga, mas sem sucesso. Outros dois balões acertaram militantes, que estavam ao lado do veículo. Em seguida, uma sombrinha vermelha foi providenciada para tentar proteger a candidata. Outras pessoas jogaram camisetas para a petista, que usou uma para proteger a cabeça.

Logo depois, já sem sombrinha e sem a camiseta na cabeça, Dilma fez um pequeno pronuncimento aos militantes antes de embarcar na van que a levou a Pi­­nhais para iniciar uma carreata. Ela não comentou o episódio. Apenas agradeceu os votos recebidos no primeiro turno e pediu a confiança dos eleitores no segundo turno. "Dois modelos de Brasil se confrontarão no dia 31 [de outubro]. Um que quer avançar e o outro que quer voltar para trás", disse a petista.

CaçambaPor volta das 13 horas, Dilma começou uma carreata com dezenas de veículos na Avenida Iraí, em Pinhais, sobre a caçamba de uma caminhonete. Ali, ela enfrentou um segundo ato de hostilidade ao passar por estudantes. A maioria dos estudantes se mostrou simpática à candidatura petista, mas alguns alunos mostravam cadernos nos quais estava escrito "Serra 45".

Ao cruzar com o grupo, uma bandeira de cerca de 1,5 metro de comprimento foi atirada na direção da candidata. O mastro do objeto chegou a acertar a mão da presidenciável, enquanto ela acenava para populares. O objeto passou por cima de sua cabeça e caiu do outro lado do veículo no chão. Logo depois a carreata seguiu para Piraquara, onde passou pelo bairro Guarituba.

Às 15 horas, Dilma seguiu em direção a Porto Alegre, onde participaria de um comício com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem à noite. No Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, Dilma fez referência ao goleiro chileno Rojas, que fingiu ter sido ferido por um sinalizador em um jogo contra a seleção brasileira, em 1989. O presidente Lula também comparou o tucano José Serra ao chileno (leia mais abaixo). "Não sou o Rojas para ficar fazendo firula com isso porque, ao contrário dele, me esquivei" afirmou Dilma.

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