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A Festa da Tainha, encerrada ontem em Paranaguá, atraiu o tucano Beto Richa... | Divulgação
A Festa da Tainha, encerrada ontem em Paranaguá, atraiu o tucano Beto Richa...| Foto: Divulgação
  • ... e o pedetista Osmar Dias. Ambos prometeram mais atenção ao Porto de Paranaguá

Com gastos definidos e programas de governo esboçados, os candidatos das Eleições 2010 disputam entre si, a partir desta semana, a atenção dispensada à Copa do Mundo pelos eleitores até ontem. O fim dos jogos na África do Sul abre espaço à campanha eleitoral no Brasil. Com a derrota da Seleção nas quartas de final, muitos candidatos até tentaram fazer sua campanha engrenar na semana passada. A campanha começou oficialmente terça-feira, mas o principal campo de atuação, por enquanto, foram as redes sociais da internet. O debate de propostas, em si, ficarou de lado.

As redes sociais – que permitiram a divulgação eleitoral mesmo quando o foco nacional era a Copa – possibilitam ao eleitor virar o jogo. Numa rápida varredura pela internet, é possível rever o início da campanha, conhecer melhor cada candidato e investigar quem possui alguma proposta.

No Paraná, em dia de final de Copa do Mundo, os dois candidatos ao governo do estado apontados como favoritos nas pesquisas tentaram "vender seu peixe" na 25ª Festa da Tainha, em Paranaguá. O governador na coligação A União Faz Um Novo Amanhã, Osmar Dias (PDT), aproveitou para defender mais recursos para estruturação dos terminais. O governador da coligação Novo Paraná, Beto Richa (PSDB), foi mais incisivo. Criticou a atual administração alegando que o Porto de Paranaguá está perdendo importância em âmbito nacional. A saída cogitada por ambos, porém, foi idêntica: mais investimento e modernização.

Richa tenta vencer o suposto desinteresse do eleitor. Seus assessores informam que ele percorreu perto de 200 municípios do estado nos últimos três meses. A partir de agora é que deverá gastar mais tempo detalhando projetos, falando de propostas concretas. Não será o único entre os sete concorrentes ao governo do Paraná a se concentrar nessa tarefa. Paulo Salamuni (PV), por exemplo, passou a primeira semana reunido com diretores e assessores para definição de agenda. A partir de agora é que será aprofundado o debate a respeito dos planos de governo, considera.

Na disputa federal, a candidata do governo, Dilma Roussef, ainda tem muito a explicar sobre suas propostas. Lançada à Presidência da República sob o lema Pátria Mãe, Pátria Mulher, em evento no qual a questão do gênero foi abordada como um dos pontos centrais da campanha eleitoral, Dilma Rousseff (PT) ainda não explicitou políticas públicas ou propostas que pretende implementar nesta área. A única ação já mencionada abertamente pela petista diz respeito à construção de 6 mil creches no país num período de quatro anos, o que auxiliaria as mães trabalhadoras.

Dilma tem a missão de reduzir sua desvantagem entre o eleitorado feminino, segmento em que seu principal adversário, José Serra (PSDB), está sete pontos porcentuais à frente (41% a 34%), conforme o Ibope. Especialmente para as mulheres, o tucano, que ontem participou de duas festas no interior do Ceará, com direito a desajeitados passos de forró, diz que vai implantar o programa Mãe Bra­sileira, com assistência a gestantes antes e depois do parto. Promete até enxoval às mães mais pobres.

Para a candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, nem Dilma nem Serra têm propostas bem elaboradas para áreas como saneamento básico e educação. Ambos estariam mais preocupados com o embate político, critica. Em seu programa, porém, também deixou as mulheres de lado.

Se depender dos documentos que os três candidatos ao Planalto favoritos nas pesquisas registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como propostas, o eleitor vai sair desinformado. Marina apresentou apenas diretrizes. Serra registrou dois discursos que seriam uma síntese de suas ideias. Dilma apresentou documento por engano, rubricado sem ler e depois substituído por um segundo texto, com afirmações menos radicais.

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