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O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta terça-feira que haverá segundo turno nas eleições. Questionado sobre a pesquisa Datafolha que apontou queda de sua adversária Dilma Rousseff (PT) em todas as regiões do país e em vários segmentos, ele afirmou que a "batalha" seguirá até o final.

"Falta muito tempo ainda para a votação. Milhões e milhões de brasileiros farão a sua cabeça até domingo. Continuo trabalhando", afirmou Serra, lembrando o pleito de 2002 quando se especulou um desfecho ainda no primeiro turno para a sucessão presidencial.

"Nesta (sic) época, ninguém achava que eu iria para o segundo turno. Depois achavam que eu teria 30% e eu tive quase 40%. Na eleição de prefeito achavam que a Marta (Suplicy, PT) ia ganhar no primeiro turno. Eu ganhei", frisa.

Serra disse que apesar da perspectiva de segundo turno sua tática não mudará se esse cenário se confirmar.

"Vocês sempre acham que há grandes estratégias. As coisas não funcionam deste jeito. É menos planejamento do que a imprensa imagina", ressalta.

Questionado se será o principal beneficiário de uma possível onda verde, com crescimento da candidata Marina Silva (PV) nas pesquisas eleitorais, ele não quis falar a respeito.

"Não vou entrar neste tipo de análise. Se você estivesse no meu lugar compreenderia", justificou.

Mais cedo, quando indagado sobre empate entre ele e a candidata do PV em Salvador o tucano demonstrou irritação.

"Não estou empatado. Já houve eleição? Quando é a eleição? O que diziam as pesquisas há duas semanas? E o que dizem hoje?", questionou

Embora dizendo confiante no segundo turno, Serra reafirmou que não se orienta por pesquisa.

"Não significa que (pesquisa) seja uma indústria da mentira. Apenas tem limitações de pegar a subjetividade humana", afirmou.

Serra também acrescentou. "Tem pesquisas compradas, mas tem pesquisas sérias. A minha dúvida é sobre metodologia, sobre conseguir captar uma coisa tão fluida quanto o ânimo do eleitor".

Serra recebeu nesta tarde o título de cidadão soteropolitano na Câmara Municipal de Salvador. Em seguida, encontrou-se com o cardeal arcebispo da capital baiana dom Geraldo Majella do qual recebeu nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com orientações para o pleito. À noite, o candidato tucano seguiu para uma caminhada num shopping da cidade. A visita à Bahia coincide com o crescimento detectado da candidata Marina Silva em pesquisas internas do PSDB.

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