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Dilma afirma que toda ajuda será bem vinda em caso de vitória | Roberto Stuckert Filho / Reuters
Dilma afirma que toda ajuda será bem vinda em caso de vitória| Foto: Roberto Stuckert Filho / Reuters

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (28), em entrevista coletiva em Brasília, que, se for eleita, vai estender as mãos para os adversários partilharem "do processo de transformação do Brasil". Dilma comentou ainda o caso do vazamento de dados sigilosos na Receita Federal e afirmou que o tema incomoda tanto a oposição quanto o governo.

O "convite" surgiu em uma resposta de Dilma sobre a possibilidade de vitória em primeiro turno, apontada em pesquisa Ibope divulgada neste sábado (28). A candidata do PT afirmou que "não pode e não deve" pensar nessa possibilidade e chamou a militância a se mobilizar. No final da fala, ela abriu o caminho futuro para os agora adversários.

"As pessoas que concorrem conosco têm que ser respeitadas, e depois da eleição a coisa muda de figura porque a gente desarma o palanque e estende a mão a quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar do processo de transformar o Brasil", afirmou a petista.

Questionada se o "convite" era também ao seu principal adversário, José Serra (PSDB), a petista afirmou que depende dele. "Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele quer. Você pergunta para ele, mas, se ele quiser, perfeitamente".

Dilma afirmou que estava falando em um "conceito" e que sua intenção era dizer que um governo tem de ser "para todos". Ela afirmou que é uma prática de "República Velha" o ato de "conciliar recurso público a apoio político" e que, se for eleita, não vai discriminar estados que possam ser governados por oposicionistas.

Receita

Sobre o vazamento de dados na Receita Federal, a candidata do PT afirmou haver incômodo com a possibilidade de "mercantilização de informações sigilosas" levantada pelo secretário do órgão, Otacílio Cartaxo.

"Isso incomoda a oposição e a situação, a pessoa política ou não política", afirmou.

Dilma disse que "em qualquer instituição" podem acontecer casos de corrupção e que o fortalecimentos das instituições é o melhor caminho para evitar problemas. Ela defendeu ainda punição "drástica" para quem for considerado culpado neste caso.

Políticas para a infância

A candidata defendeu uma política específica para o atendimento à infância e às mães. Dilma falou sobre um modelo chamado "Rede Cegonha", que uniria desde atendimentos pré-natais em clínicas da União a hospitais para o atendimento de bebês e crianças com problemas médicos, passando também por atendimentos de urgência e um SAMU exclusivo para esta área.

Dilma também voltou a destacar sua proposta de construir seis mil creches no Brasil. Ela afirmou que a idéia já está no PAC 2 e que o custo de sua viabilização seria de R$ 7,2 bilhões.

A candidata não teve agenda pública neste sábado e no domigo (29) passará o dia gravando programas eleitorais. Visivelmente rouca, ela afirmou que não está se poupando na campanha e destacou a realização de seis comícios nesta semana, sendo o último na noite de sexta-feira (27) em Pernambuco.

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