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Dilma no JN: 33 pontos no Ibope. | Reprodução/Globo
Dilma no JN: 33 pontos no Ibope.| Foto: Reprodução/Globo

Agenda lotada

Temer tenta enquadrar PMDB

Agência Estado

Brasília - O presidente do PMDB e candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer, inaugurou ontem uma intensa agenda de viagens pelo país, a fim de convocar os peemedebistas a se engajarem na campanha presidencial. Ele esteve ontem em Santa Catarina, iniciando um roteiro que contempla Belo Horizonte (hoje), Mato Grosso do Sul (sexta-feira) e na próxima semana Maranhão e Paraíba.

O roteiro prioriza estados onde os diretórios regionais racharam em torno da disputa presidencial. Em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, o PMDB se coligou ao PSDB, ao DEM e ao PPS, aliados de José Serra (PSDB) no plano nacional. Em Santa Catarina, Temer teve de intervir no diretório estadual porque o então presidente, Eduardo Pinho Moreira, decidiu integrar a chapa do candidato do DEM ao governo, Raimundo Colombo. A Justiça Eleitoral ratificou o afastamento de Pinho Moreira da presidência do PMDB, mas a candidatura a vice do democrata foi mantida. No Mato Grosso do Sul, o governador André Puccineli (PMDB), que disputa a reeleição, coligou-se com o PSDB de Serra. Temer não cumprirá agendas casadas com Dilma. Hoje à noite, no entanto, eles estarão juntos em um comício em Belo Horizonte (MG).

Da Redação - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu ontem no Jornal Nacional as alianças com lideranças políticas que antes eram criticadas pelo partido, como os ex-presidentes José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Durante a primeira entrevista com presidenciáveis no jornal, a petista enfrentou outros temas difíceis, como seu temperamento considerado "duro" e as taxas de crescimento da economia brasileira.

Na avaliação de Dilma, o PT acertou ao se aliar a antigos adversários. "O PT acertou quando percebeu que, para governar um país com a complexidade do Brasil, precisava construir uma aliança ampla. O PT não tinha experiência de governo e agora tem", disse a candidata. "O governo Lula tinha uma diretriz, investir no social. Quem nos apoia, aceitando nossos princípios, a gente aceita do nosso lado."

Questionada sobre sua experiência e sobre a possibilidade de o presidente Lula ser uma espécie de "tutor" de seu governo, Dilma se apresentou como uma das responsáveis pelo que chamou de "um país diferente". "Participei diretamente desse processo de transformar o Brasil num país diferente, um país que cresce e distribui renda", afirmou. "Tenho experiência administrativa suficiente, fui secretária da Fazenda de uma capital, depois fui duas vezes secretária de Energia do Rio Grande do Sul. Assumi o Ministério das Minas e Energia e também fui a primeira mulher coordenadora da Casa Civil, o segundo cargo mais importante do governo federal."

Dilma também foi questionada sobre seu temperamento – o presidente Lula já teria dito que pessoas foram "maltratadas" pela petista. Ela procurou desconversar. "Foi muito difícil, depois de anos de paralisia. Houve uma força muito grande da minha parte no sentido de cumprir as metas", comentou. Em relação às taxas de crescimento do Brasil, inferiores às de outros países emergentes, a petista disse que primeiro foi preciso "colocar as finanças no lugar". "Neste ano estamos entre os países que mais crescem no mundo", disse. "Criamos quase 1,7 milhão de empregos na crise."

Hoje, o Jornal Nacional segue sua rodada de entrevistas com Marina Silva (PV). Amanhã será a vez de José Serra (PSDB).

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