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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje em Ouro Preto (MG) não ver motivos para a decisão do desembargador Liberato Póvoa, do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), que concedeu liminar decretando censura ao jornal O Estado de S. Paulo e outros 83 veículos de imprensa, proibindo-os de noticiar informações dobre a investigação que envolve o governador e candidato à reeleição Carlos Gaguim (PMDB), apontado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como integrante de organização criminosa para fraudes em licitações.

Dilma, contudo, evitou polemizar, destacando que prefere não discutir a decisão judicial que acolheu pedido da coligação "Força do Povo", formada por 11 partidos, incluindo o PT. A campanha do peemedebista em Tocantins conta com o apoio da presidenciável petista e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Para Dilma, o governo está tranquilo em relação às investigações que atingem o aliado, alegando que "foi o governo Lula, através da Polícia Federal (PF), que apurou todas as irregularidades". "Agora, a decisão da Justiça eu prefiro não discutir. Acho que não teria nenhum problema se noticiasse os eventos. A gente tem de conviver com isso", disse. "Não vejo nenhum motivo para não anunciar, ou não noticiar. Agora, a Justiça decidiu, está decidido."

Na terra dos inconfidentes, Dilma aproveitou para fazer uma defesa da liberdade de expressão e de imprensa, ressaltando que a eleição é o ponto alto da democracia. Ela também prometeu aprofundar a democracia no país, se eleita.

"Sempre digo que prefiro as múltiplas vozes críticas da democracia ao silêncio da ditadura. E eu acredito que a liberdade de opinião, de imprensa, de organização. Enfim, essa eleição, ela celebra mais um momento da nossa democracia. E mostra que ela é uma democracia forte, que é uma democracia pujante. Nós vamos cada vez mais aprofundá-la."Vice-procuradora-geral

A candidata do PT também rebateu as declarações da vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, que em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada hoje, criticou a participação do presidente Lula na campanha e disse que ele "quer, a qualquer custo, fazer a sua sucessora".

"Entendo essa crítica da procuradora Sandra Cureau não como uma crítica do cargo, mas como uma fala de uma cidadã. E como uma cidadã, ela tem direito de falar o que ela pensa. Agora, isso não pode ser visto como um pronunciamento do cargo, porque caso contrário ela estaria incorrendo num pronunciamento estranho, não muito correto", afirmou.Programa

Sem a presença do candidato lulista ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa (PMDB), Dilma gravou no fim da manhã em Ouro Preto cenas para o encerramento do programa eleitoral na TV. Durante a passagem pela cidade, ela foi presenteada com uma bengala. Dilma recentemente torceu o pé direito e continua utilizando uma bota ortopédica.

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