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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (1º) que, se eleita, aumentará a vigilância aérea ao longo da fronteira com a Colômbia, mas não tem planos de intermediar conversações de paz com os rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Dilma se reuniu em Brasília com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

A candidata do PT negou que o partido tenha relações com o grupo revolucionários. "Temos uma posição clara em relação às Farc, inclusive o presidente Santos tem bastante consciência disso. Temos uma posição contrária ao narcotráfico e, portanto, não temos por que participar, a não ser a pedido da Colômbia, de qualquer atividade de pacificação ou de diálogo com as Farc", disse Dilma. "Caso não solicitem, nós não temos por que participar, porque as Farc não são um problema do Brasil."

Dilma disse ainda que, se ganhar a eleição, as relações com a Colômbia serão uma prioridade, mencionando a intenção do Brasil de comprar aeronaves não-tripuladas para patrulhar a fronteira com a Colômbia e ajudar no combate ao tráfico de drogas.

"Para o Brasil e para a Colômbia o policiamento dessa fronteira é algo crucial", afirmou a candidata, que lidera a corrida eleitoral, segundo pesquisas de opinião, que apontam a possibilidade de vitória da petista no primeiro turno, dia 3 de outubro.

Após o encontro, ela disse a jornalistas que as Farc são um problema do seu adversário, José Serra (PSDB). "Essa questão das Farc é muito mais uma questão do meu adversário", disse Dilma. O candidato tucano e seu vice, Indio da Costa, já acusaram o PT de ligação com as Farc.

Nos últimos anos, o PT afrouxou os laços históricos que possuía com as Farc por meio de uma aliança dos grupos de esquerda na América Latina. O governo Lula ajudou a Colômbia em duas ocasiões na libertação de reféns mantidos pela guerrilha. Em julho, o então presidente colombiano, Álvaro Uribe, reclamou oficialmente que o Brasil menosprezava a ameaça representada pelo grupo guerrilheiro à Colômbia e à região.

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