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O programa do PT exibido no horário eleitoral gratuito da noite desta quinta-feira (16) voltou a apostar na comparação entre os governos do PSDB e PT no comando do Palácio do Planalto, estratégia adotada à exaustão pelos petistas no início na campanha eleitoral, em julho. A peça listou, em forma de gráficos, avanços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em salário mínimo, emprego e produção. "Já ficou provado que o nosso modelo de governo é completamente diferente do governo anterior", afirmou a candidata Dilma Rousseff, segundo a qual, antes do PT as crises internacionais provocavam desemprego em massa no Brasil. "Em 2008, no entanto, fomos os últimos a entrar na crise e os primeiros a sair", destacou.

A inserção afirmou que durante o governo do PSDB - "nos tempos de Fernando Henrique Cardoso e de José Serra" - as palavras mais presentes no País eram arrocho, crise, inflação, FMI e estagnação. "Com Lula e Dilma, houve a mudança e outras palavras ganharam força, como emprego, soberania, ascensão social", destacou o locutor.

O PT voltou a mostrar propaganda exibida na pré-campanha e na qual um ator estende uma fita métrica e faz críticas indiretas ao governo do PSDB na área de emprego. "O governo Lula já criou mais de 12 milhões de empregos. Quem você acha que pode aumentar mais rápido este número?", questionou. "Uma pessoa que tem a mesma visão de Lula ou alguém que fez parte de um dos governos que menos criou emprego no Brasil?"

O PSDB também investiu na comparação entre governos - no caso, a relação entre o governo federal petista e o estadual paulista durante a gestão de José Serra. O locutor citou, desde 2007, os salários mínimos adotados no Brasil e em São Paulo. "Hoje o mínimo da Dilma é de R$ 510. O de Serra, em São Paulo, é de R$ 580", comparou. O candidato do PSDB voltou a prometer um salário mínimo nacional de R$ 600 e aproveitou para criticar os reajustes concedidos pelo governo federal. "O atual governo propôs um reajuste que acho pequeno", avaliou.

Os tucanos voltaram a atacar o PT, aproveitando-se das denúncias contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, e deram ênfase ao ex-ministro José Dirceu, que segundo a propaganda deve retornar ao poder num governo Dilma. "Entra dia e sai dia, o governo do PT cada vez mais se enrola em escândalos", disse um ator, citando denúncia de que o filho de Erenice teria pedido comissão para facilitar a concessão de empréstimo a uma empresa pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Dilma assumiu e trouxe Erenice. As duas estão juntas desde 2003", destacou o locutor. "Zé Dirceu prepara a sua volta."

A candidata Marina Silva, do PV, defendeu novamente um segundo turno disputado por duas mulheres e ressaltou a necessidade de um Brasil que estimule o crescimento profissional de jovens. "Quero convocar a juventude para um debate para o segundo turno" pregou a candidata, apresentada como a senadora mais jovem a ser eleita no país. "Quero formar uma equipe competente e ética" destacou a candidata. No final da peça, foi mostrado o resultado de pesquisa Datafolha divulgada hoje. No levantamento, Marina chegou aos 11% das intenções de voto. "É Marina rumo ao segundo turno", disse o locutor.

Os outros candidatos repetiram as propagandas exibidas à tarde. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) destacou projetos apresentados pelo partido na Câmara para erradicar o trabalho escravo e taxar grandes fortunas. "Nossa candidatura tem o sentido pleno de lutar para que esse sonho se torne realidade", afirmou. O tempo de programa de Rui Costa Pimenta (PCO) foi usado pelo PSDB, que obteve direito de resposta contra o partido sobre acusações feitas à gestão tucana na Petrobrás.

Zé Maria (PSTU) defendeu a estatização dos bancos como forma de reduzir os juros. Levy Fidelix (PRTB) criticou os altos impostos e as taxas de juros. José Maria Eymael (PSDC) prometeu fazer a reforma tributária. Já o programa do PCO mostrou nota do PSDB acusando o partido de ter caluniado a legenda tucana.

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