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Em suas primeiras declarações como governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) disse na noite desde domingo (3) que não guarda rancores da campanha e que irá chamar a oposição ao diálogo.

"Não guardamos nenhum rancor, mesmo que às vezes tenhamos sido atacados de maneira que me pareceu inconveniente", disse Tarso, em tom conciliador.

Eleito em coligação com PSB, PR e PCdoB, o ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva acenou à oposição com diálogo, mas delimitou quais partidos deverão ter espaço em seu governo.

O petista disse que irá convidar o PDT, que disputou a eleição estadual coligado ao PMDB do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça, segundo colocado no pleito, para integrar seu futuro governo. Citou ainda o PP da senadora eleita Ana Amélia Lemos e o PTB como siglas com as quais buscará diálogo.

Se disse que irá buscar interlocução com a oposição, Tarso deixou claro, contudo, que não prevê governar ao lado de partidos que promovem oposição mais dura ao PT no estado, como PMDB, PSDB e DEM.

"Não entendo que o PMDB, o PSDB ou o DEM sejam passíveis de participação conosco. Seria desrespeito fazer cooptação de partidos que têm nítida orientação oposicionista", afirmou Tarso, primeiro a ser eleito governador em primeiro turno no estado desde a redemocratização. O petista disse que irá procurar compor maioria no Legislativo estadual para ter "mais tranquilidade para trabalhar".

Tarso já começa com um alento no Legislativo: o PT elevou sua bancada na Assembleia de dez para 14 deputados, formando a maior bancada no Legislativo gaúcho. O PMDB ficou com a segunda maior bancada, com oito cadeiras.

Petista diz não saber qual será seu papel no segundo turno da disputa presidencialTarso disse não ter "refletido" sobre qual será seu papel no segundo turno da disputa presidencial, como impulsor da candidatura de Dilma Rousseff (PT) no estado que é colégio eleitoral da candidata.

"Sinceramente, ainda não refleti sobre isso. Como ex-ministro do governo Lula e amigo de Dilma, acho que posso dar uma boa contribuição, mas vai ter que ser definida pela coordenação da campanha", afirmou.

Tarso conversou com a imprensa na sede do PT em Porto Alegre. Após a entrevista, saiu para discursar do alto de um carro de som a centenas de militantes que comemoravam do lado de fora do comitê.

Derrotada, Yeda

critica "despolitização"do pleito e pede votos para SerraTerceira colocada no pleito, com 18,4% dos votos (com 99,6% das urnas apuradas), a governadora Yeda Crusius atribuiu sua derrota ao reduzido tempo de campanha e à "despolitização" do pleito.

"O resultado é fruto da despolitização geral desta campanha", afirmou a tucana.

Afirmou que seu governo vem sendo "espetacular" e que não houve tempo de mostrá-lo. Afirmou que sua coligação "mudou a agenda política"do estado ao procurar discutir o "Rio Grande que cresce", algo que, segundo ela, os adversários não se dispuseram a fazer.

A tucana convocou ainda a militância ao engajamento na campanha presidencial de José Serra (PSDB) no segundo turno.

"Eu conclamo a militância para que a partir de amanhã façamos a campanha 'Serra presidente'", disse Yeda.

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