Em alta, Dilma diz que vai avaliar indicados

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Brasília - Em meio à movimentação de aliados que discutem cargos em um eventual governo do PT, a presidenciável Dilma Rousseff afirmou ontem que vai controlar o apetite dos partidos alinhados avaliando a competência técnica dos indicados para os cargos.

Dilma, no entanto, disse que não é adepta da tecnocracia para o preenchimento de cargos e defendeu que não pode haver "técnico frio’’ e político sem capacidade no governo. "Eu evitarei em todas as áreas as pessoas que não tenham competência para dirigi-las’’, afirmou.

A candidata disse que não haverá em um eventual governo apenas indicações técnicas. "Eu faço questão de que todas as pessoas tenham condições técnicas de exercer o cargo em que estão. Não acho que tenha uma área exclusiva. Acho que nem o político pode ser só político, tem que combinar competência, técnica e capacidade, mas também acho que técnico puro é uma reminiscência da época tecnocrática desse país. O Brasil tem que ter exigência de preenchimentos de cargos que seja da competência da pessoa’’, disse.

PMDB

Ao ser questionado ontem sobre o estigma que o PMDB carrega de ser um partido que entra em alianças em troca de cargos, Michel Temer, presidente da Câmara e vice da presidenciável petista, Dilma Rousseff, saiu em defesa de sua legenda.

"Na aliança PT e PMDB, o PMDB terá a Vice-Presidência. E participaremos do programa de governo. Esses são os únicos compromissos. Não há nada disso de partilha de cargos. Nosso regime é presidencialista. É a presidente eleita que vai chamar os partidos. O que o PMDB vai fazer é colaborar com o governo. O PMDB repudia essa coisa do fisiologismo", disse.

Repaginação

Prestes a passar por mais uma repaginada no visual, Dilma Rousseff afirmou que vai ampliar o guarda-roupa. Se­­gundo a candidata, ela não pretende trocar seus trajes, mas incrementar.

Dilma concedeu entrevista ontem em Brasília com uma pulseira no braço esquerdo que tem pendurado um amuleto chamado de olho turco. "A gente não troca as coisas, a gente soma. É mais prudente na vida’’, disse.

O jornal Folha de S.Paulo mostrou ontem que Dilma vai passar a contar com a consultoria de Alexandre Herchcovitch, estilista que desfila coleções no Brasil e no exterior (e criador de casaco polêmico usado por Dunga na Copa) e que assinou contrato com o PT. Questionada pela imprensa se a roupa que estava usando na coletiva era indicação de Herchcovitch, a candidata brincou: "Não, a roupa linda é minha mesmo’’, disse.

Desde o início da pré-campanha em abril, Dilma recebeu críticas pelo guarda-roupa e foi aconselhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trocar as blusas com babados, cores fortes e tecidos sintéticos, por cores neutras e terninhos, mantendo um estilo mais clássico.