
Assim como no Judiciário, o espaço conquistado pelos paranaenses no Congresso Nacional é quase nulo. Desde o início do período republicano, em 1889, nenhum político daqui assumiu a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado. Dos 43 que atuaram na chefia da primeira Casa e dos 40 da segunda, houve representantes de estados menos populosos, como Alagoas, Piauí, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina.
No Tribunal de Contas da União (TCU) a situação é parecida. Dos 97 ministros que já atuaram no órgão, apenas dois eram paranaenses desempenho mais fraco do que o de unidades da federação com menor importância econômica. Goiás (três), Maranhão (três), Rio Grande do Norte (quatro) e Paraíba (sete) tiveram mais representantes.
No Congresso, o desprestígio ocorre dentro das estruturas partidárias. "O Congresso tem um critério regimental para indicar os presidentes, que é o da maior bancada. Mas dentro dos partidos há espaço para políticos de estados mais pobres ou com pouca influência assumirem", explica o analista político Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Atualmente, o Paraná também não conta com nenhum representante na Mesa Diretora da Câmara ou do Senado. De acordo com Verlaine, o Paraná tem parlamentares de destaque com qualificação para assumir mais postos-chave no Parlamento. "Há bons quadros tanto na situação como na oposição."
De acordo com a edição do "Cabeças do Congresso" 2009, organizado pelo Diap, há seis paranaenses entre os cem parlamentares mais influentes. O Paraná fica atrás apenas de São Paulo (21), Rio Grande do Sul (11), Pernambuco (9) e Rio de Janeiro (8).



