Brasília - Ponto estratégico dos interesses do estado na política nacional, o Escritório de Representação do Paraná em Brasília passou por quatro gestões diferentes desde 2003, além de mudanças de status e atribuições. Ao contrário de órgãos similares de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são usados como "embaixadas" para prefeitos e parlamentares, o espaço paranaense serviu como uma extensão dos gabinetes de Roberto Requião e Orlando Pessuti no Palácio Iguaçu (veja histórico abaixo).
Até 2008, o escritório foi administrado pelo ex-deputado federal Nivaldo Krüger, que organizou uma única reunião de trabalho entre o governador e a bancada federal no período, em 2007. No encontro, foi debatida uma ação conjunta para acabar com a multa mensal aplicada pela União ao Paraná, decorrente da privatização do Banestado. A penalidade, porém, só foi extinta em junho de 2010, graças a um entendimento entre Pessuti, o senador Osmar Dias (PDT) autor da resolução aprovada no Senado cancelando a multa , e toda a bancada federal paranaense. Esse foi um dos raros momentos de articulação política no Paraná recentemente.
Os principais candidatos ao governo do estado já se comprometeram em "catalisar" o escritório ou melhorar a relação com parlamentares federais e prefeitos.
"Governador, sozinho, não vai muito longe. Mas unindo nossas bancadas de deputados e senadores, os prefeitos, mais as lideranças de trabalhadores e empresários, mudaremos este jogo. É essencial que o governador exerça a liderança natural da função", afirmou Beto Richa (PSDB).
"Com apoio de nossa bancada de deputados e senadores, vamos transformar o
Escritório de Representação que o governodo Paraná mantém em Brasília numa central de elaboração de projetos para prefeituras", declarou Osmar Dias (PDT).
