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A PR-090, conhecida como Estrada do Cerne, tem trechos em condições precárias. Atração de investimentos passa pela melhoria da infraestrutura de transporte na região dos Campos Gerais | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
A PR-090, conhecida como Estrada do Cerne, tem trechos em condições precárias. Atração de investimentos passa pela melhoria da infraestrutura de transporte na região dos Campos Gerais| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Ponta Grossa é cortada por três rodovias: a BR-376 (ligação com Curitiba e o Norte do estado), a BR-373 (saída para Guarapuava e o Oeste) e a PR-151 (ligação com Castro e o Norte Pioneiro). Por isso, a cidade é considerada o maior entroncamento rodoviário do Paraná. Além disso, em Palmeira passam a BR-277 (principal ligação para Foz do Iguaçu e Paranaguá) e a PR-427 (que liga a BR-476 à BR-277). Na cidade ao lado, Teixeira Soares, há a PR-438 (ligação entre a PR-151 e a BR-277). Com tudo isso, a logística não seria um problema para os Campos Gerais. Mas é.

Para lideranças regionais, é essencial asfaltar a PR-090, conhecida como Estrada do Cerne, que ligaria Campo Magro a Piraí do Sul, e concluir a BR-153, a Transbrasiliana, para fazer a ligação entre a BR-376 e Ventania, passando por Tibagi. Soma-se a isso a necessidade de reativar o aeroporto de Ponta Grossa e a grande demanda por transporte ferroviário, para melhorar a ligação com o Porto de Paranaguá.

O prefeito de Castro, Moacyr Fadel, avalia que a atração de investimentos passa pela melhoria nas condições de transporte na região. "A infraestrutura valoriza e torna a região atrativa para as indústrias. O que temos sobrando aqui é a mão de obra. Precisamos de logística", diz Fadel, presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP). A conclusão da Estrada do Cerne criaria uma alternativa de caminho para Curitiba sem o pagamento de pedágio, cobrado nas BRs 376 e 277. "O governo Requião iniciou o trecho de 8 quilômetros entre Curitiba e Piraí do Sul, mas precisamos terminar toda a estrada. Isso criaria outro eixo de desenvolvimento, pela facilidade de tráfego", comenta Fadel.

O professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Edson Armando Silva defende a criação de uma estrutura de embarque e desembarque de trens autorizado pela Receita Federal, o que agilizaria a exportação de produtos agrícolas. "Temos uma dependência muito grande da rodovia, que é o meio de transporte mais caro. Precisamos de um porto seco e de uma melhor ligação ferroviária com o Porto de Paranaguá. Isso reduziria custos e facilitaria o transporte para o tipo de indústria daqui, como a madeireira e de processamento de soja."

Turismo

A revitalização do aeroporto de Ponta Grossa poderia ajudar o turismo e a agricultura. "Nós não temos um aeroporto de cargas, que integre as indústrias e possibilite a comercialização de alguns itens. O aeroporto facilitaria a manutenção dessas indústrias, com a importação de alguns produtos", acredita o professor Edson Armando Silva.

Já o vice-presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais, Industriais e Agrícolas do Centro do Paraná (Cacicpar), Douglas Costa, lembra que o aeroporto facilitaria a chegada de visitantes para atrativos como o Parque Estadual de Vila Velha, o Buraco do Padre, a Cachoeira da Mariquinha, a capela Santa Bárbara, o cânion do Guartelá, as dezenas de cachoeiras em Castro e áreas de prática de rafting em Piraí do Sul. Mas também seria preciso melhorar a estrutura desses locais e torná-los conhecidos. "Tem várias empresas que dependem do turismo e do crescimento dessa área. Temos vários pontos de atrativo turístico, que estão sem estrutura. Alguns não têm nem divulgação", avalia Costa.

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