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Denúncia derruba Erenice e respinga na campanha de Dilma; entenda o caso

Depois de uma nova denúncia de tráfico de influência na Casa Civil, a ministra Erenice Guerra não teve outra opção: pediu ontem demissão para não contaminar a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República e, assim, não ameaçar o projeto petista de ficar mais quatro anos à frente do governo federal. Apesar disso, as acusações contra os filhos de Ere­­nice, publicadas na edição desta quinta-feira do jornal Folha de S.Paulo, pela primeira vez atingiram diretamente Dilma. Empre­­­sários afirmaram ao jornal que o esquema na Casa Civil envolvia o pagamento de propina para financiar a campanha eleitoral da petista.

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Presidência aplica "censura ética" a Erenice Guerra

A Comissão de Ética da Presidência aplicou nesta sexta-feira (17) uma "censura ética" à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. A comissão também decidiu, por unanimidade, converter o processo de apuração preliminar das denúncias contra Erenice em um processo de apuração ética. Na prática, está oficialmente instaurado o procedimento de investigação da ex-ministra.

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O funcionário do Palácio do Planalto Stevan Knezevic, citado nas denúncias de tráfico de influência que levaram à queda de Erenice Guerra da chefia da Casa Civil, pediu demissão nesta sexta-feira (17).

Knezevic trabalhava no Centro Gestor e Operacional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), órgão subordinado à Casa Civil. Segundo a assessoria do Sipam, o servidor voltará ao órgão de origem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com reportagem da revista "Veja", Knezevic, Israel Guerra, filho de Erenice, e Vinicius de Oliveira Castro, ex-funcionário da Casa Civil, teriam negociado contratos de empresas privadas com órgãos públicos e empresas estatais, mediante pagamento de comissão.

A assessoria do Sipam disse que Knezevic é um funcionário "discreto e reservado". Ele trabalhava na área de integração institucional e redigia contratos de cooperação técnica.

O servidor é o terceiro da Casa Civil a pedir demissão. O primeiro a deixar o Palácio do Planalto foi Castro, que apresentou carta de demissão na última segunda (13). Na ocasião, ele disse que sairia para se defender das acusações. Nesta quinta (16), foi a vez de Erenice Guerra apresentar carta de demissão.

No documento, classificou de "levianas" as denúncias contra ela e disse "necessitar de paz" para se defender. Nesta manhã, a Comissão Ética da Presidência da República aplicou uma "censura ética" a Erenice e instaurou oficialmente um procedimento de investigação da ex-ministra.

De acordo com o relator do processo, Fábio Coutinho, a censura se deveu ao fato de a ex-ministra não ter entregue uma declaração de informações confidenciais, o que é exigido, segundo ele, de todas as autoridades do Executivo. Entre os dados que deveriam ter sido informados por Erenice, segundo a comissão, estão bens que ela possui e os familiares que ocupam cargos em órgãos públicos.

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