• Carregando...

Sindicatos de jornalistas apoiam ato antimídia

Duas importantes entidades de classe que representam os jornalistas declararam apoio ao "Ato contra o golpismo midiático", que será promovido hoje, em São Paulo, por sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais ligados ao PT. Tanto o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) quanto a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que representa os sindicatos de todo o país, se mostraram favoráveis ao protesto.

Leia a reportagem completa

Juristas, atores e intelectuais se reuniram na tarde desta quarta-feira (22) em frente ao Largo de São Francisco, no Centro de São Paulo, para lançar um manifesto a favor da liberdade de imprensa e de expressão. O ato foi organizado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que a imprensa age como um partido político.

No sábado (18), durante comício de Dilma Rousseff em Campinas (SP), Lula afirmou que, além dos tucanos, serão derrotados "alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político".

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota em que classifica as declarações de Lula como "lamentáveis" e "preocupantes".

O ato desta quarta, iniciativa de intelectuais ligados à oposição, teve a presença do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Veloso e dos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo, além de outras personalidades.

"É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita", afirmou Bicudo a centenas de pessoas reunidas no local. "Nossa democracia está apenas no papel, ela não é efetiva", completou Bicudo, vice-prefeito de São Paulo na gestão Marta Suplicy (PT, 2001-2004).

Segundo o jurista José Gregori, que foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, a ideia do evento surgiu de "um grupo de advogados, juristas e professores universitários que vinham se reunindo no sentido de ajudar a oposição a ter um programa específico no campo jurídico".

Para ele, a "gota d'água" para o ato foi a repetição de manifestações do presidente da República "querendo extirpar inimigos". "Esse ato é, antes de tudo, para repor essa disputa nos trilhos democráticos."

Para Miguel Reale Júnior, que também foi ministro da Justiça de FHC, a democracia está "ameaçada" no país. "Basta entrar nos sites do PT para ver as ameaças que estão sendo feitas a jornalistas, para saber qual o órgão de imprensa que tem que ser empastelado primeiro. Ou seja, há um clima de radicalização."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]