• Carregando...

O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, recebeu preliminarmente nesta segunda-feira (27) a denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o candidato a deputado federal Ney Santos, por suposto oferecimento de vantagem em troca de votos. A defesa do candidato afirmou ao G1 que não tomou conhecimento e aguarda notificação para se pronunciar sobre o caso. Os advogados dizem que "terão as explicações corretas no momento oportuno".

A denúncia do Ministério Público diz que Santos ofereceu vale-combustível em troca de votos durante um churrasco realizado no dia 12 de setembro, em uma creche na Zona Sul de São Paulo. O local fica próximo a um posto de gasolina que pertence ao candidato. Os advogados dele têm 10 dias para apresentar a defesa.

Depois de receber as informações dos defensores do candidato, o juiz irá confirmar se aceita ou rejeita a denúncia. Em caso de confirmação, tem início o processo criminal. O artigo 299 do Código Eleitoral prevê como crime eleitoral "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita". A pena prevista é de reclusão por até quatro anos e multa.

A polícia investiga o candidato por lavagem de dinheiro, estelionato e adulteração de combustível. Ney Santos é suspeito de acumular de forma criminosa um patrimônio de até R$ 100 milhões. A Justiça de Taboão da Serra decretou no dia 17 de setembro a prisão temporária do candidato, que segue em liberdade por causa do prazo previsto no Código Eleitoral, segundo o qual nenhum candidato, mesário e fiscal de partido pode ser preso 15 dias antes da eleição. Santos foi alvo de uma operação da Polícia Civil que apreendeu documentos, computadores, anotações pessoais e até uma Ferrari.

Em entrevista no dia 15 de setembro, o candidato reclamou: "Tudo isso não passa de perseguição política. Estamos em primeiro lugar nas pesquisas e estamos incomodando bastante gente aqui na cidade (Embu, na Grande São Paulo). Estamos acabando com a máfia dos políticos da região. Por que não fizeram isso antes? Por que só agora, a 18 dias das eleições?", questionou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]