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Lula e Osmar: compromisso de campanha após agenda oficial | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
Lula e Osmar: compromisso de campanha após agenda oficial| Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo

Ato pela democracia

Questionado, o ministro Paulo Bernardo falou sobre o lançamento do manifesto pela democracia, ato público que reuniu juristas, atores e intelectuais no centro de São Paulo, na quarta-feira (22). O movimento prega a liberdade de imprensa e de expressão. O ato foi organizado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que a imprensa age como um partido político.

"Foi um ato assegurado pela constituição. Todo mundo tem direito de fazer atos, inclusive teve outro hoje [quinta-feira]", disse, referindo-se ao movimento contrário liderado por petistas em São Paulo. Ainda assim, Bernardo reiterou o posicionamento do Presidente. "É conversa fiada essas denúncias de autoritarismo. Tem gente que não quer dizer que está apoiando a oposição e fica arrumando esse tipo de argumento. Eu acho que seria mais honesto um editorial dizendo: olha, nosso candidato é tal. É melhor do que se esconder atrás da defesa da democracia", disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Maringá, nesta quinta-feira (23), para compromissos oficiais, mas aproveitou também para participar de almoço de promoção da candidatura de Osmar Dias, que concorre ao governo do Paraná com o apoio do Presidente. Lula não falou com a imprensa e delegou a função ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O ministro respondeu aos questionamentos sobre uso de máquina pública para campanha, já que a visita do Presidente contou com todo o aparato oficial.

"O presidente Lula tinha um evento aqui e veio almoçar. Absolutamente normal e dentro da regra vigente. Hora de almoço não é hora de expediente. Vocês podem consultar algum constitucionalista para saber de há algum abuso de poder, mas, no nosso entendimento não há", disse Bernardo.

Na parte oficial da visita, Lula sobrevoou obras de construção do Contorno Norte de Maringá, que contou com investimento federal na ordem de R$ 193,7 milhões. Ele também assinou ordem de serviço para mais uma etapa de rebaixamento da linha férrea, com novo contrato de R$ 46 milhões, além de conheceu a Vila Olímpica de Maringá.

O prefeito Silvio Barros (PP) também participou da solenidade, agradeceu Lula pelos investimentos, destacou a qualidade de vida alcançada por Maringá e finalizou dizendo: "Maringá é hoje, senhor Presidente, o Brasil que Vossa Excelência está lutando para construir". O elogio partiu do prefeito, que é também irmão de Ricardo Barros, candidato ao Senado pela coligação adversária à apoiada por Lula.

O agrado não foi suficiente para evitar que Bernardo comentasse a situação. "Nós acabamos de vir aqui, assinar uma ordem de serviço numa cidade onde o prefeito é contra nós. Está fazendo campanha do Serra, do Beto Richa, e nós não fomos lá perguntar para ele sobre isso. Não estamos misturando as coisas", disse o ministro.

Em seguida, o presidente seguiu para compromisso de campanha do candidato Osmar Dias, do qual também participaram os candidatos ao Senado, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann. Também estava o governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), e cerca de 40 prefeitos de cidades da região. Lula falou sobre o agronegócio, aproveitando para lembrar o projeto do seguro contra catástrofes, lei aprovada em parceria com Osmar Dias.

Discursos

O apoio ao esporte e a união do agronegócio e agricultura familiar foram as temáticas adotadas pelo Presidente Lula nos discursos que fez em Maringá. Durante solenidade no Ginásio de Esportes Valdir Pinheiro, na Vila Olímpica , Lula falou sobre a necessidade de cuidar das categorias de base, pensando na preparação para Olimpíadas de 2016. "A iniciativa privada cuida bem do atleta formado e nós que temos que cuidar deles antes de chegarem ao estrelato. Só o Estado pode fazer isso", disse Lula.

Mais tarde, em visita à Cocamar Cooperativa Agroindustrial, o presidente afirmou que nunca concordou com a separação entre agricultura de agronegócio e agricultura familiar e que defende a união. "O mercado tem espaço para as duas. Essa discussão só leva ao atraso", disse.

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