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Comício no Sítio Cercado, ontem à noite: Lula discursa tendo ao fundo Requião, Osmar Dias, Dilma  Rousseff, Gleisi Hoffmann e o governador Orlando Pessuti | Jonathan Campos / Gazeta do Povo
Comício no Sítio Cercado, ontem à noite: Lula discursa tendo ao fundo Requião, Osmar Dias, Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann e o governador Orlando Pessuti| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

"Primeiro Deus, depois o Lula", diz migrante

O padeiro Valdir José Lemos, de 57 anos, chegou a Curitiba em 2004 – com 12 parentes, entre primos, a mulher e três filhos. Saíram de Moreno, cidade na Zona da Mata de Pernam­­­buco, e viajaram à capital paranaense atrás de oportunidades. Conseguiram.

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O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao candidato do PDT ao governo do estado, Osmar Dias, ficou ainda mais claro ontem à noite, em comício na Praça do Semeador, no Sítio Cercado, em Curitiba. Em seu discurso, Lula criticou o principal adversário de Osmar na disputa, Beto Richa (PSDB), e disse que, sem os recursos repassados pelo governo federal, o tucano não faria "metade das obras" que diz ter feito como prefeito de Curitiba.

"Duvido que se fosse o [ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso, ou alguém do partido dele, ele [Beto Richa] teria feito em Curitiba metade das obras que ele diz ter feito", afirmou Lula. "A mim não interessava quem estava na administração e sim o respeito ao povo do Paraná." Além de Lula e Osmar, o comício teve a participação dos candidatos ao Senado Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT). Foi a terceira vez desde o início da campanha que Lula veio ao Paraná pedir votos para Osmar. Ele esteve na Boca Maldita, em Curitiba, no dia 31 de julho, e em Foz do Iguaçu no dia 2 de setembro. Hoje o presidente estará em Maringá, no Noroeste do estado.

Osmar abriu seu discurso chamando o público de "companheiros e companheiras". "Foi ele que me ensinou", disse em seguida, apontando para Lula. O pedetista voltou a dizer que sua eleição será fundamental para manter a parceria entre o Paraná e o governo federal. Para tentar dar um exemplo de como funcionará essa parceria, Osmar citou a falta de vagas nas creches municipais de Curitiba. "O Ministério Público apontou a falta de 50 mil vagas em creches em Curitiba. A Dilma me disse que vai construir 6 mil creches no Brasil. Para cada creche que a Dilma construir no Paraná, vamos fazer mais uma", prometeu.

O pedetista disse ainda que Curitiba "foi abandonada" nos últimos anos, em uma clara crítica a Beto Richa. Esse abandono, segundo ele, estaria fazendo sua candidatura crescer na capital. "Crescemos em Curitiba, porque Curitiba não gostou de ser abandonada", afirmou. "Estão atacando muito a Dilma e agora começaram a me atacar no Paraná. Quem achava que estava com a vitória garantida agora está nervoso."

Dilma Rousseff discursou e também pediu votos para Osmar, garantindo a continuidade da parceria entre o estado e o governo federal. A petista disse que o governo Lula realizou vários sonhos da população. "Os sonhos que muitos consideravam impossíveis: a casa própria, o computador, o carro, móveis na sala, sonho do diploma no ProUni", afirmou. Ela disse que seu adversário José Serra (PSDB) está fazendo promessas eleitoreiras. "No governo deles não aumentaram o salário mínimo. Agora estão prometendo mundos e fundos, achando que o povo é tolo", disse.

Serra também foi criticado por Lula. Nos últimos programas de televisão, o tucano prometeu aumentar o salário mínimo para R$ 600 e dar décimo terceiro salário para o Bolsa Família. "Quem passou a vida inteira arrochando o salário mínimo não pode chegar na televisão agora e falar que vai aumentar, que vai dar décimo terceiro para o Bolsa Família se falava que era esmola", comentou. "O povo não é tolo. Sabe distinguir quem está falando sério e quem está mentindo."

"Direitoso"

Durante o comício, o presidente Lula ironizou Roberto Requião, que em seu discurso pediu para os eleitores de Osmar Dias levantarem o braço direito. "Requião, você é muito direitoso. Agora, todo mundo tem que levantar a mão esquerda", comentou. Lula também alfinetou os candidatos a deputado estadual e federal da coligação que apoia Osmar Dias, por eles estarem no palco. "Eu não ficaria nesta gaiolinha que colocaram vocês. Eu estaria ali em baixo, beijando e abraçando o povo."

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