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A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, durante o 8.° Congresso Brasileiro de Jornais: discurso mais ameno sobre a liberade de imprensa | Vanderlei Almeida / AFP
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, durante o 8.° Congresso Brasileiro de Jornais: discurso mais ameno sobre a liberade de imprensa| Foto: Vanderlei Almeida / AFP

Rio de Janeiro - A candidata do PV à Pre­­­sidência, Marina Silva, defendeu ontem a realização de um plebiscito para discutir a flexibilização da legislação relativa ao aborto. "O que estou propondo é que possamos fazer um plebiscito para as novas modalidades que estão propondo. As [regras sobre aborto] que já existem na legislação serão mantidas", disse a candidata durante entrevista coletiva concedida a correspondentes estrangeiros no Rio.

Hoje, a legislação só autoriza aborto em caso de risco à saúde da gestante ou se a gravidez resulta de estupro e há autorização da mulher ou de seu representante legal. Em ambos os casos, ele só pode ser feito por médico. Grupos de direitos humanos defendem mudanças na legislação – alguns pregam a legalização, enquanto outros defendem a proibição total. Marina já afirmou ser contra o aborto, mas defende a discussão das regras.

Para a candidata do PV, é necessária uma ampla reforma na segurança pública do país. Ela anunciou que pretende expandir para todo o país um projeto lançado no Rio Grande do Sul chamado Justiça Restaurativa. "O povo quer propostas [sobre segurança], não pegadinha nem salada ou farofa de números."

Na tevê

Ao deixar o 8.° Congresso Bra­­­sileiro de Jornais, no Rio, Marina comentou a estratégia adotada pelo presidenciável do PSDB, José Serra, de usar imagens do presidente Lula na campanha eleitoral da tevê. "A minha história, durante 30 anos, esteve junto à do presidente Lula, e durante 5 anos como sua ministra. Se a história revela esse ponto de contato, aquilo que for necessário colocar, sem ferir as normas do TSE, não vejo porque deva ser escondido. Mas obviamente que eu terei todo um cuidado de não fazer uso oportunista de quem quer que seja", disse.

No Congresso, Marina assinou a declaração de Chapultepec, documento criado pela Sociedade Interamericana de Imprensa em defesa da liberdade de expressão, como fizeram José Serra e Dilma Rousseff na quinta-feira. Com um tom bem mais ameno que o do dia anterior, quando Serra fez duras críticas ao governo do PT, Marina disse que a liberdade de expressão é algo que o país conquistou "a duras penas" e lembrou que os três candidatos tiveram papel importante na defesa da democracia. "Cada governo que se beneficie da democracia que temos, que é a melhor forma de estabelecer o controle sobre as nossas ações", comentou.

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