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Dilma Rousseff na Praça Santos Andrade, em Curitiba: visita com apelo popular e propostas genéricas para o estado | Marcelo Elias / Gazeta do Povo
Dilma Rousseff na Praça Santos Andrade, em Curitiba: visita com apelo popular e propostas genéricas para o estado| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Demandas

Confira algumas das reivindicações do setor produtivo do Paraná:

> Aumento do limite de receita das empresas para enquadramento no Simples.

> Construção de metrô em Curitiba.

> Construção do contorno ferroviário de Curitiba.

> Dragagem e expansão do cais oeste no Porto de Paranaguá.

> Construção da terceira pista do Aeroporto Afonso Pena.

> Extensão da malha ferroviária.

> Conclusão das rodovias da Estrada Boiadeira da Rodovia Transbrasiliana.

> Construção do trecho ferroviário entre Guarapuava e Lapa.

> Construção do novo aeroporto regional do Oeste do Paraná.

Um pouco de abertura

O candidato à Presidência José Serra (PSDB) deu ontem um pouco mais de abertura à imprensa paranaense do que sua adversária, Dilma Rousseff (PT). Mas foi apenas um pouco. Ainda assim, isso contribuiu para que os eleitores do Paraná pudessem ter conhecimento maior, por meio dos veículos de comunicação, dos compromissos que ele assume com o estado, caso seja eleito.

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Sem entrevista!

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, não falou com jornalistas e se negou a responder a perguntas durante sua passagem ontem por Curitiba, Pinhais e Piraquara. Toda a estrutura da campanha foi montada para evitar o contato dela com jornalistas. É uma pena para os eleitores, que contam com a imprensa para se informar sobre os candidatos.

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  • Serra em Ponta Grossa, fazendo um coração com a mão roxa de tanto cumprimentar eleitores: afagos na busca por votos

Os dois candidatos à Presidência – Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) – estiveram ontem no Paraná. Mas apenas o tucano assumiu compromissos mais concretos com as demandas do estado. A petista evitou falar com a imprensa e só prometeu, genericamente, que vai trabalhar para desenvolver o estado.

"Eu serei uma presidenta, se Deus quiser, comprometida com o desenvolvimento de todo o Paraná e com o desenvolvimento de Curitiba", disse Dilma em um pequeno discurso que fez no calçadão da Rua XV de Novembro, no centro da capital paranaense, antes de participar de uma carreata em Pinhais e Piraquara, na região metropolitana. Posterior-mente, durante toda sua passagem pelo Paraná, a candidata não falou sobre nenhum programa ou obra específica que pretende desenvolver no Paraná caso seja eleita.

Já Serra – que ontem esteve em Maringá (Noroeste do Paraná) e Ponta Grossa (Campos Gerais) – prometeu melhorias nos aeroportos regionais do estado, em rodovias, ferrovias e no Porto de Paranaguá. Também se comprometeu a recompor os repasses federais às prefeituras do estado por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). E ainda disse que vai trabalhar para instalar escolas técnicas no Paraná e incrementar o cooperativismo agrícola.

Afagos

Ao chegar a Maringá, por onde iniciou a visita ao Paraná, Serra procurou afagar o estado. Disse que o Paraná "é mais dinâmico" que São Paulo. Falou ainda que a combina­­­ção entre desenvolvimento agrícola e industrial, presente no estado, é um modelo para o país.

Mas apontou problemas no Porto de Paranaguá e no Aeroporto de Maringá."Maringá é um importante centro agrícola e o segundo centro de confecções do Brasil, mas que não tem um aeroporto à altura", disse o candidato. O tucano afirmou que "logo que chegou" ao município percebeu as deficiências. E prometeu "fazer um aeroporto de verdade aqui, para estimular, inclusive, o comércio internacional".

Em visita à sede da cooperativa agrícola Cocamar, o tucano tocou em um assunto de interesse do agronegócio do Paraná: a estrutura portuária. Disse que o Porto de Paranaguá é hoje o campeão nacional de filas de caminhões, ao lado do Porto de Santos (SP). E disse que falta investimento no setor. "Para mim, uma das prioridades será a recuperação dos portos." Aos cooperados da Cocamar, prometeu ainda investir no setor. "O governo precisa facilitar o desenvolvimento do cooperativismo. Trazer paz no campo e garantir infraestrutura."

Depois, Serra viajou a Ponta Grossa, onde prometeu que os "prefeitos das cidades pequenas não vão mais perder o Fundo de Participação dos Municípios [FPM]". Neste ano, as prefeituras de todo o país receberam de FPM, um repasse federal, 8,4% a menos do que no mesmo período de 2008 – quando a crise financeira internacional ainda não havia atingido fortemente as contas públicas, o que só ocorreu em 2009.

As prefeituras reclamam que, apesar de o país já ter se recuperado e estar crescendo forte, os repasses ainda não atingiram os patamares pré-crise. O FPM é a principal fonte de receitas para a maioria dos municípios pequenos.

Em Ponta Grossa, Serra também prometeu melhorar a infraestrutura do interior. Afirmou que irá investir nos acessos a Ponta Grossa, que ele classificou como o "maior entroncamento rodoviário e ferroviário do Paraná".

Prometeu também que irá transformar o aeroporto de Ponta Grossa numa espécie de "reserva" do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. "Nunca encontro teto [de pouso] quando venho ao Afonso Pena", disse ele, em referência aos problemas climáticos do aeroporto da capital, que costuma fechar devido ao mau tempo. "Precisamos de uma alternativa [para quando os aviões não podem pousar em Curitiba]. Estava conversando com o Beto Richa [governador eleito do Paraná] e o prefeito [de Ponta Grossa, Pedro Wosgrau Filho] para discutir essa possibilidade [de que o aeroporto ponta-grossense possa receber os voos quando o da capital está fechado]."

Serra também disseque é preciso incrementar o ensino profissionalizante no Paraná. "Isso para que os empregos que sejam gerados aqui empreguem gente daqui mesmo."

Contato com o povo

Já Dilma não chegou a comentar projetos específicos que pretende implantar no Paraná se for eleita. A passagem dela foi mais voltada ao contato direto com o eleitor. Primeiro, em sua passagem pelo calçadão da Rua XV, em Curitiba, onde foi recepcionada por uma multidão de simpatizantes e recebeu dois manifestos. Um deles foi entregue por professores, estudantes e dirigentes da UFPR, que pediam a continuidade das políticas de educação superior do governo Lula – como o Prouni, a ampliação do ensino técnico e o aumento de recursos para bolsas de pesquisas científicas. O outro manifesto foi entregue por artistas paranaenses. "Podem ter certeza de que sem a cultura nós não construíremos um grande nação", disse a petista, assumindo outro compromisso genérico. Depois, Dilma participou de uma carreata que passou por Pinhais e Piraquara, na região metropolitana.

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