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Você vai levar seu filho a um posto de saúde e não encontra médicos. Vai marcar uma consulta ou exame e descobre que será atendido no ano que vem. Também não há vaga no colégio. Assal­­taram a sua casa e você nem se dá ao trabalho de registrar queixa na polícia, pois sabe que o incômodo não resultará em nada. Recorre à Justiça para reclamar um direito e não enxerga no horizonte o prazo em que obterá a decisão. Os buracos da estrada pela qual você é obrigado a passar com frequência continuam lá, há anos, danificando seu carro e pondo em risco a sua vida.

Seria interminável a lista de omissões e maus serviços prestados pelo Estado aos cidadãos. Inconformado com essa situação, você faz as contas do quanto paga de impostos e constata, revoltado, que o salário de cinco dos 12 meses de duro trabalho no ano vai para o caixa dos governos. E o que recebe como "recompensa", além de maus serviços públicos, são notícias nada positivas dando conta de casos cabeludos de corrupção, de desvio de verbas, de desperdício, empreguismo, nepotismo... E vê também que as pessoas em que você votou na eleição passada, dando-lhes o poder de representá-lo e de agir em seu nome, estão enroladas em maracutaias de todo gênero.

Por isso tudo, com muita convicção, você decreta: "Não gosto de política nem dos políticos". E passa a se desinteressar por qualquer tema que possa lembrá-lo de política e de políticos. O que você não pensa, porém, é que todas as justas queixas e reclamações que você coleciona contra os serviços públicos que usa no seu cotidiano dependem exatamente da política e dos políticos. E que, portanto, uma das coisas que você pode fazer é arregaçar as mangas e participar ativamente da vida política, o que inclui votar. Mas não votar em qualquer um como sempre se fez, e sim nos melhores.

Encontra-se na filosofia de Aristóteles o fundamento mais antigo sobre a política. Por meio dela é que passamos a compreender o conceito de política – a ciência que tem por objeto a construção da felicidade humana, individual e coletiva. Diz ele: "Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem", para concluir que é por intermédio da atividade política que tal anseio pode ser concretizado.

Elevada a este grau de nobreza, a política é, pois, algo de que não podemos nos apartar. Pelo contrário, é algo com que devemos contribuir para que ela se realize com qualidade.

Foi pensando nisto que a RPC, grupo do qual a Gazeta do Povo faz parte, lança, nos próximos dias, uma grande campanha visando a contribuir para que o eleitor possa fazer a melhor escolha nas eleições que se avizinham. E a melhor escolha, consciente e responsável, só se faz por meio do conhecimento e da informação. São esses os instrumentos pelos quais se torna possível distinguir o joio do trigo; o político sério e comprometido com o interesse público daquele que busca se eleger apenas para proveito próprio ou de grupos assanhados com as benesses que o erário possa oferecer.

Todos os nossos veículos – jornais, emissoras de rádio e televisão e portais da internet – estarão integrados no esforço comum de fornecer informações úteis para que o eleitor tome a melhor decisão na hora do voto. Vamos mostrar o quanto a política influencia a vida de cada um de nós no dia a dia. Vamos ajudar no esclarecimento sobre o papel das instituições democráticas e republicanas; o que fazem e como funcionam o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público e como tais instituições são afetadas – ou nos afetam – pela política e, consequentemente, pelo voto de cada cidadão.

Mais do que isso: cada candidato, com seus programas, experiência, vida pregressa, será submetido ao crivo de informações objetivas alimentadas não apenas pelo trabalho de pesquisa de nossos próprios jornalistas como também por dados de terceiras entidades que, com seriedade, acompanham a atuação de cada um. O eleitor que acompanhar a cobertura jornalística ou que acessar nosso portal de internet terá à sua disposição farto material para fazer a sua própria avaliação e escolher os nomes que melhor representem os anseios coletivos.

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