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“Em relação ao governo do Requião reconheço avanços, mas não deixo de fazer minhas críticas. Sou candidato para dizer que vou melhorar esses avanços que já foram conquistados”, Osmar Dias, candidato ao governo do estado pelo PDT | Priscila Forone / Gazeta do Povo
“Em relação ao governo do Requião reconheço avanços, mas não deixo de fazer minhas críticas. Sou candidato para dizer que vou melhorar esses avanços que já foram conquistados”, Osmar Dias, candidato ao governo do estado pelo PDT| Foto: Priscila Forone / Gazeta do Povo

Beto diz que não vai privatizar

O candidato ao governo do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse nesta quarta-feira (1º) que não pretende privatizar as empresas públicas do Paraná e respondeu às críticas da oposição em relação às privatizações. "Vou preservar o patrimônio público. A Copel será estratégia para o nosso governo. Não acreditem nas maldades disseminadas pelos meus adversários", afirmou o candidato no encontro que teve no final da tarde com os funcionários da Copel, no Instituto de Engenharia do Paraná.

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"Não estou pegando carona na imagem de Lula"

Osmar Dias disse ontem que não pega carona na imagem do presidente Lula. Com popularidade em alta, o presidente está aparecendo mais na propaganda eleitoral do pedetista no rádio e na televisão e veio ontem pela segunda vez ao Paraná para fazer campanha ao lado do candidato. "Estamos no mesmo barco. Estamos juntos", rebateu Osmar durante a sabatina que o jornal Folha de S. Paulo e o UOL promovem em Curitiba com os dois principais candidatos ao governo do estado.

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Richa maqueia cidade, diz pedetista

Osmar Dias (PDT) disse ontem que o opositor Beto Richa (PSDB) faz "maquiagem" na tevê sobre a situação de Curitiba. "Quando a gente faz maquiagem desse tamanho que foi feito, e videntemente que as coisas aparecem muito bonitas", disse. Ele mencionou o fato de Richa não ter cumprido todo o mandato na prefeitura e, segundo o pedetista, ter deixado propostas inacabadas.

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"Não preciso concordar com tudo que Requião fala e pensa." Foi dessa forma que o candidato ao governo do Paraná Osmar Dias (PDT) justificou ontem o fato de discordar em temas polêmicos do ex-governador Roberto Requião (PMDB), que o apoia na sucessão estadual. Durante a sabatina promovida ontem pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal UOL, em Curitiba, Osmar apresentou divergências de Requião, seu adversário na disputa pelo governo do estado em 2006.

Osmar também disse ser contra a proposta de compensação de dívidas de ICMS com precatórios, encaminhada pelo governador Orlando Pessuti, outro peemedebista que integra a aliança de Osmar. Outro ponto de atrito com aliados do PMDB: Osmar não concorda com o projeto do deputado estadual Luiz Claudio Ro­­­manelli de permitir que a Copel seja patrocinadora do estádio do Atlético Paranaense para a Copa do Mundo de 2014.

Osmar disse durante a sabatina que não se sente constrangido com as divergências e que é possível divergir até mesmo dentro da própria família. Citou o fato de o irmão, o senador Alvaro Dias (PSDB), ter ideias políticas diferentes e apoiar outros candidatos. "A democracia permite diversidade de ideias", disse o pedetista. "Em relação ao governo do Requião reconheço avanços, mas não deixo de fazer minhas críticas."

Osmar elogiou os avanços na educação e na saúde, o projeto que beneficia micro e pequenas empresas com redução ou isenção de impostos e a recuperação na malha viária: "Sou candidato para dizer que vou melhorar esses avanços que já foram conquistados no atual governo".

Questionado sobre o fato de Requião ter lhe chamado de "sórdido" e "calunioso" na disputa ao governo do estado em 2006, Osmar afirmou que depois o ex-governador viu que "estava errado e teve grandeza de publicamente reconhecer".

Análise

O professor de Ciência Política da PUCPR Mário Sérgio Lepre diz que o eleitor não compreende a aliança que Osmar fez com Requião e o PMDB. "O que a gente percebe é que ele [Osmar] tinha um eleitor em 2006 que ele pode não ter hoje. Porque o eleitor de 2006 não mudou como ele", afirma. "O eleitor tem posicionamento. Ele vota no Osmar pela pessoa, mas também por aquilo que Osmar representa." Para Lepre, a impressão é de que Requião e Osmar estão juntos apenas por causa da necessidade da coligação.

O cientista político Renato Perissinotto, professor na UFPR, afirma que isso pode confundir a cabeça do eleitor. "Acho que o Requião, apesar dos oportunismos de ficar mudando de apoio, tem de fato algumas posições ideológicas mais marcadas. Quando ele tem que traçar estratégia para sobrevivência política parece que se alia com qualquer um", diz.

Reforma agrária

Com relação ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Osmar disse que tem direito de ter uma convicção e ideologia e que o ex-governador Requião tem direito a ter outra. Osmar defende que as invasões sejam coibidas e que o direito à propriedade seja respeitado. Segundo o candidato, o governo Lula fez mais reforma agrária e dialogou com movimentos sociais. "Reintegração de posse tem que ser feita, mas com diálogo", defendeu. De acordo com Osmar, o estado praticamente não tem estoque de terras para reforma agrária. A proposta dele é uma alternativa de reforma agrária que possibilita o financiamento de lotes por 15 a 20 anos.

Osmar também defende os transgênicos, que chegaram a ser proibidos no estado por Requião. Segundo Osmar, o aumento de 150% na produção agrícola ocorreu não pela expansão da área cultivável, mas principalmente pela aplicação da tecnologia na agricultura. Ele disse ser contra misturar a soja convencional com a transgênica, mas completou que é preciso dar ao consumidor a possibilidade de escolher. Requião era contra a soja transgênica e afirmava que ela daria dinheiro ao sistema de multinacionais.

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