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| Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Irmão e filho de ministra exonerados

Funcionário fantasma da Terracap, a Companhia Imobiliária do Distrito Federal, Israel Dourado Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, foi exonerado ontem.

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BNDES nega usar critério político para liberar financiamento

O Banco Nacional de De­­­senvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ontem que o pedido de financiamento para um projeto da empresa EDRB foi rejeitado pela instituição por critérios técnicos.

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Brasília - Dois nomes estavam cotados ontem para substituir a ex-ministra Erenice Guerra nos três meses e meio que restam do governo Lula: Miriam Belchior, atual gerente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o paranaense Paulo Bernardo, ministro do Planejamento. O atual secretário-executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, assumiu apenas interinamente a função.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, o presidente Lula só vai definir o nome de quem ocupará o posto-tampão na semana que vem. Lula tinha intenção de levar Miriam com ele para a viagem a Belém, ontem, onde participou de um comício para tentar ajudar na campanha da governadora Ana Júlia (PT), mas a auxiliar acabou não embarcando.

Tanto Miriam quanto Paulo Bernardo têm argumentos para não assumir a Casa Civil. Miriam disse ontem que "se depender dela fica onde está", porque "não acho uma boa (assumir a titularidade da Casa Civil)". Miriam é uma pessoa de confiança do presidente Lula e está na equipe de auxiliares dele desde o primeiro governo.

Já Paulo Bernardo também tem motivos para não aceitar o convite. Titular do Planejamento também desde o primeiro governo de Lula, sua saída obrigaria o presidente a encontrar um substituto para a pasta para ficar por lá durante três meses e poucos dias. E o Planejamento sob o comando de Bernardo é tido no Planalto como uma pasta azeitada, totalmente integrada às ideias do chefe.

Artilharia

Os tucanos passaram a juntar artilharia contra Miriam Belchior. Integrantes da campanha do presidenciável José Serra (PSDB) já colhiam informações sobre o envolvimento de Miriam na administração de Santo André, durante a gestão do petista Celso Daniel.

Ela foi casada com Daniel, assassinado em janeiro de 2002. Quando ele foi morto, eles já não estavam mais juntos. Investigações sobre o assassinato do prefeito acabaram resvalando em um esquema de corrupção na cidade, envolvendo empresas de ônibus, que abasteceriam um caixa-dois para campanhas do PT.

O irmão de Celso Daniel, João Francisco, chegou a dizer que ela tinha conhecimento do esquema de pagamento de propina na cidade. Miriam Belchior prestou depoimento no Ministério Público a respeito das supostas irregularidades em Santo André e negou ter conhecimento das denúncias.

Desde 2002, as denúncias de corrupção na prefeitura de Santo André e o assassinato do então prefeito passaram a ser usados por adversários do PT, que veem motivação política no crime.

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Interatividade

A escolha de Paulo Bernardo pode ajudar ao governo federal a superar os escândalos?

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