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A atual legislatura teve alguns avanços importantes para a transparência das informações e para a administração na Assembleia Legislativa do Paraná. A opinião é de cientistas políticos ouvidos pela Gazeta do Povo. No entanto, os avanços não nasceram apenas por vontade dos deputados e, sim, em boa medida, por pressão da sociedade.

O professor Ricardo Costa de Oliveira, cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é otimista em relação às mudanças registradas nos últimos quatro anos. "Houve avanços importantes, como a criação do Portal da Transparência, a instalação do painel eletrônico, a TV Si­­­nal. Dá para dizer que a As­­sembleia não é mais a mesma depois dessa legislatura", diz.

Para ele, no entano, é importante ressaltar que foi a sociedade quem fez os deputados mexerem na estrutura da Casa. "São mudanças que vieram de fora para dentro. Mas é exatamente assim que ocorre a mudança da política. A sociedade civil paranaense está cobrando um Poder Legislativo moderno e os deputados estão acompanhando", afirma o professor, que destaca a série de reportagens "Diários Secretos", da Gazeta do Povo e da RPC TV – que revelaram diversas irregularidades na Assembleia – como um dos fatores de pressão que levaram a transformações na Casa.

Já o professor de Direito Consti­­­tucional e Ciência Política Carlos Luiz Strapazzon é menos otimista em relação aos avanços. "São avanços discretíssimos", diz. "Ainda não estão à altura das exigências que a sociedade civil organizada vem apresentando", afirma.

Um dos pontos que, de acordo com Strapazzon, continuam sem mudanças muito significativas, está no relacionamento entre o Legislativo e o Executivo no estado. "As bancadas são facilmente cooptadas pelo Poder Executivo. Ainda são muito alinhadas", diz. Segundo ele, no governo de Roberto Requião houve uma melhora pelo menos no desempenho da oposição. Embora fosse bastante reduzida, como geralmente ocorre, a oposição teria se comportado de maneira mais incisiva e mais organizada do que em períodos anteriores.

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