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Denúncia derruba Erenice e respinga na campanha de Dilma; entenda o caso

Depois de uma nova denúncia de tráfico de influência na Casa Civil, a ministra Erenice Guerra não teve outra opção: pediu ontem demissão para não contaminar a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República e, assim, não ameaçar o projeto petista de ficar mais quatro anos à frente do governo federal. Apesar disso, as acusações contra os filhos de Ere­­nice, publicadas na edição desta quinta-feira do jornal Folha de S.Paulo, pela primeira vez atingiram diretamente Dilma. Empre­­­sários afirmaram ao jornal que o esquema na Casa Civil envolvia o pagamento de propina para financiar a campanha eleitoral da petista.

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A Comissão de Ética da Presidência aplicou nesta sexta-feira (17) uma "censura ética" à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. A comissão também decidiu, por unanimidade, converter o processo de apuração preliminar das denúncias contra Erenice em um processo de apuração ética. Na prática, está oficialmente instaurado o procedimento de investigação da ex-ministra.

De acordo com o relator do processo, Fábio Coutinho, a censura se deveu ao fato de a ex-ministra não ter entregue uma declaração de informações confidenciais, o que é exigido, segundo ele, de todas as autoridades do Executivo. Entre os dados que deveriam ter sido informados por Erenice, segundo a comissão, estão bens que ela possui e os familiares que ocupam cargos em órgãos públicos.

Ao final da processo contra a ministra, é possível que ela receba outras censuras éticas, de acordo com Coutinho. "Já foi detectado pela comissão uma falta ética da ex-autoridade. Ao assumir o cargo de ministra da Casa Civil, deveria ter entregue uma declaração de informações confidenciais. Essas informações não foram fornecidas. A comissão reiterou o pedido para que ela entregasse e ela não entregou", afirmou o relator.

Ereneci tem agora dez dias para apresentar defesa sobre a suposta falta ética e a denúncia de tráfico de influência. A ex-ministra pediu demissão da Casa Civil nesta quinta-feira (17) depois de denúncias de que o filho dela Israel Guerra teria negociado, mediante pagamento de comissão, contratos de uma empresa privada com os Correios e liberação de crédito para outra empresa pelo BNDES.

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