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Participação

Projeto maringaense dá exemplo de fiscalização do poder público

Observatório Social de Maringá já ganhou prêmio da Organização das Nações Unidas e se espalhou pelo país. Confira também a reportagem em vídeo da RPCTV

Voluntários fiscalizam os trabalhos na Câmara Municipal de Maringá. Exemplo foi seguido em vários municípios do país | Ivan Amorim/Jornal de Maringá Online
Voluntários fiscalizam os trabalhos na Câmara Municipal de Maringá. Exemplo foi seguido em vários municípios do país (Foto: Ivan Amorim/Jornal de Maringá Online)

A rede de Observatórios Sociais, encabeçada pelo Observatório Social de Maringá (OSM), fechou o ano de 2009 tendo alcançado uma economia de R$ 56 milhões para os cofres públicos de dezenas de prefeituras em todo o país, segundo último balanço fechado. Mesmo assim, a economia milionária não foi a principal conquista do projeto. "O maior resultado que o observatório alcançou não foi econômico, mas foi mostrar para comunidade, não só de Maringá, como de 50 cidades em oito estados, que é possível acompanhar a execução dos impostos", disse Carlos Anselmo Corrêa, presidente da entidade.

O OSM é uma ONG ligada à Sociedade Eticamente Responsável (SER) que, além de fiscalizar licitações e acompanhar contas públicas, monitora o trabalho de vereadores e desenvolve estudos sobre as condições habitacionais, sociais e econômicas da região de Maringá. O órgão existe há cinco anos.

Para Anselmo, o observatório criou um novo conceito de ação social. Até então, a prática de envolvimento social era tida unicamente como ações beneficentes e doações diretas. Hoje, os patrocinadores de projetos perceberam que também é importante investir em práticas de fiscalização do poder público, pois se o Estado gastar com cuidado sobrará dinheiro para cumprir as funções que são de sua responsabilidade.

Premiação

Outro momento que deu muita visibilidade ao projeto foi o prêmio concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em novembro do ano passado. A iniciativa maringaense desbancou 418 projetos de 33 países e ganhou o prêmio de Melhor Experiência em Inovação Social. "Foi nossa maior premiação. Já recebemos R$ 500 mil da FINEP, mas mesmo esse dinheiro foi menor do que o reconhecimento de um organismo da ONU", disse Corrêa. Na próxima semana, uma comissão da ONU chega a Maringá para conferir in loco o trabalho do Observatório. O resultado dará origem a um livro que será editado para toda a América Latina.

O desafio metodológico do OSM fui superado e expande-se pelas cidades brasileiras com facilidade. "Recebemos muitas solicitações para apresentações de nossa prática e resultados. A ideia é cativante". O desafio agora é difundir igualmente pela rede a cultura de participação voluntária da população, princípio básico do funcionamento dos observatórios. Sobre isso, Corrêa discorreu mais claramente em entrevista à Gazeta do Povo.

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