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Os recentes pedidos da coligação do candidato Beto Richa (PSDB) à Justiça para suspender a divulgação de pesquisas eleitorais no Paraná contrasta com a estratégia de campanha tucana nesta reta final da disputa pelo governo do estado. Se no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o pedido do PSDB é para não dar publicidade aos resultados das pesquisas, alegando problemas técnicos na metodologia empregada pelo instituto, nas ruas acontece o inverso justamente para favorecer o candidato tucano.

Desde a última terça-feira, moradores de Curitiba e região metropolitana têm recebido em casa ou nas ruas material de campanha do candidato Beto Richa em que é mostrada a última pesquisa do Instituto Ibope, divulgada em 9 de setembro, em que o tucano aparecia à frente do candidato do PDT, Osmar Dias. O Ibope é um dos institutos de pesquisa cuja metodologia o PSDB vem questionando, com sucesso, na Justiça Eleitoral.

Depois da divulgação da pesquisa Datafolha, no dia 16, em que Richa e Osmar apareciam tecnicamente empatados, a coligação do candidato tucano passou a pedir a proibição de todas as pesquisas registradas no TRE por diferentes institutos de pesquisa.

O jornalzinho de Richa que traz o resultado da pesquisa Ibope de 9 de setembro, com tiragem de 150 mil unidades, foi produzido nesta semana, quando os pedidos de impugnação já eram recorrentes no TRE-PR.

Procurado ontem pela reportagem, o coordenador jurídico da coligação do PSDB, Ivan Bonilha, disse não ver uma contradição no fato de barrar a divulgação de pesquisas na Justiça e mostrar dados do levantamento do Ibope no material de campanha. "As [pesquisas] bloqueadas não podem ser citadas, mas as que foram liberadas podem", disse Bonilha.

Serviço:

A última pesquisa Ibope divulgada ouviu 1.512 pessoas entre os dias 6 e 8 de setembro. O levantamento, com margem de erro de 3 pontos porcentuais, está registrado no TRE-PR com o nº 21.413/2010 e no TSE sob o nº 29.067/2010.

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