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“Onde está a prova de que eu esteja envolvida nesse caso?” Da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negando qualquer participação nos episódios que levaram à demissão de Erenice Guerra | Ricardo Stuckert / Presidência
“Onde está a prova de que eu esteja envolvida nesse caso?” Da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negando qualquer participação nos episódios que levaram à demissão de Erenice Guerra| Foto: Ricardo Stuckert / Presidência

Para PSDB, campanha petista é "estelionato"

Integrantes do PSDB subiram o tom ontem ao comentar a demissão de Erenice Guerra e as denúncias de lobby na Casa Civil. No Recife, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que se trata de um caso de polícia que teve uma solução de política. "Eu acho que o caso não era da política, era de polícia. Mas a solução foi da política", afirmou.

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Casa de poder e escândalos

O espaço que acumula mais poder no governo petista transformou-se também no ambiente mais propício a escândalos. De José Dirceu a Erenice Guerra, a Casa Civil foi marcada por crises que por pouco não comprometeram a reeleição de Lula, em 2006, e agora ameaçam o favoritismo de Dilma Rousseff. Lobbies, jogadas políticas e muito dinheiro marcam os bastidores do ministério.

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Governo sabe do caso há 6 meses

O Palácio do Planalto sabe há pelo menos seis meses, desde de fevereiro deste ano, que havia um lobby funcionando dentro da Casa Civil e cobrança de vantagens para intermediar empréstimos junto ao BNDES.

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Brasília e Rio de Janeiro - Confirmada a demissão da ministra-chefe da Casa Civil, o Palácio do Planalto e a coordenação da campanha petista à Presidência da República deram início a uma operação para que as denúncias contra Erenice Guerra não contaminem a candidatura de Dilma Rousseff. Ontem, a presidenciável, o coordenador da campanha, Marco Aurélio Garcia, e o líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (SP), deram mostras de que o discurso foi afinado nos últimos dias: segundo eles, a demissão da ministra foi uma decisão pessoal, que terá "impacto zero" na campanha.

Na terça-feira já havia boatos sobre a possível demissão de Erenice. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do governo não teriam gostado da nota emitida pela Casa Civil, em que a ministra chamava o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de "aético" e "derrotado". Naquele dia, segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto, já era considerada a possibilidade de Erenice ser demitida para que sua imagem não fosse vinculada à de Dilma.

Questionada ontem sobre o caso, a presidenciável petista negou qualquer participação nos episódios denunciados pela revista Veja e pelo jornal Folha de S. Paulo e disse não acreditar que a campanha seja afetada. "Onde está a prova de que eu esteja envolvida nesse caso? É importante no Brasil que a gente não perca a referência das conquistas da civilização. Tem de provar que você fez. Não você provar que não fez", afirmou. "Como eu estou envolvida nesse caso? Aliás, tomei conhecimento dele pelos jornais."

Para Dilma, Erenice tomou a decisão certa ao se afastar. "Con­­si­­­de­­­ro que a ministra Erenice tomou a atitude mais correta. Porque, como o caso exige investigação, é sempre bom que a autoridade se afaste para assegurar que a investigação transcorra da melhor forma possível", declarou a presidenciável, em curta entrevista na Associa­­ção Comercial do Rio de Janeiro.

"Impacto zero"

O coordenador da campanha de Dilma, Marco Aurélio Garcia, negou a informação do empresário Rubnei Quícoli, da empresa EDRB, de que parte do dinheiro para liberação de empréstimo do BNDES seria destinado para a campanha. "Agora todo mundo vai dizer o que bem entender. O engraçado é que a imprensa é bem seletiva, por que não repercute a matéria da [revista] Carta Capital dizendo que a filha do Serra violou o sigilo de todo mundo?", questionou. "Não existe nenhum elemento que contamine a campanha da Dilma. Cada jornal publica o que bem lhe aproveita."

Integrante da coordenação da campanha, o líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (SP), afirmou que a saída de Erenice tem "impacto zero" na campanha. Ele repetiu o que a presidenciável petista disse no domingo, dia seguinte à primeira denúncia contra a ex-ministra: que o caso é um assunto do governo, não da campanha. "A saída tem impacto zero. Isso não é assunto de campanha. Foi acusado o filho de uma ministra e existe um processo de investigação sem resultado conclusivo ainda", afirmou. "Não há por que fazer relação desse assunto com a campanha. A oposição quer fugir do debate programático para o país porque não acha esse campo adequado para ela."

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