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O presidente nacional do DEM, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), avaliou como uma hipótese inviável oferecer ao PV o posto de vice do candidato do PSDB, José Serra, em troca do apoio da senadora Marina Silva (PV-AC) para o segundo turno da eleição presidencial. A alternativa foi cogitada na noite de domingo (3) por lideranças do PSDB, num esforço para angariar os mais de 19 milhões de votos recebidos pela candidata do PV no primeiro turno.

Rodrigo Maia alegou que o PV não faz parte da coligação "O Brasil Pode Mais", o que inviabilizaria a indicação de Marina, e elogiou a atuação do deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ) como vice do tucano. "O objetivo não deve ser procurar soluções onde elas não existem", defendeu o presidente. "O Indio cumpriu um grande papel no primeiro turno."

O presidente do DEM conferiu ao vice de Serra a decisão pessoal de continuar na vaga e lembrou que, caso haja desistência, a legislação eleitoral concede à sigla a prioridade de escolher um novo nome. "E ainda na segunda alternativa, a coligação escolhe alguém para substitui-lo. E o PV não faz parte da coligação", reafirmou Maia.

O presidente do DEM considerou ainda ilegal a hipótese de se indicar o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) para a vaga, uma vez que ele já foi candidato nas eleições deste ano. O nome do candidato do PV derrotado ao governo do Rio de Janeiro foi o primeiro a ser listado como provável nome para o posto de vice de Serra. Na manhã de hoje, Gabeira anunciou o seu apoio em segundo turno à candidatura do tucano.

A Resolução Nº 23.221/2010 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê a substituição de um candidato da chapa majoritária em caso de renúncia. O artigo 56 da mesma resolução permite que a troca seja feita até dez dias antes do pleito, mas o nome indicado deve fazer parte da coligação em questão, tendo o partido a que pertencia o substituído renunciado ao direito de preferência.

Entretanto, na hipótese de escolha de um candidato de uma sigla de outra coligação, os partidos que fazem parte dela podem ingressar no TSE com um pedido de análise formal, ficando a cargo da Corte julgar se é permitida ou não a mudança.

Negociação

Rodrigo Maia defendeu a negociação de um apoio com o PV e antecipou que espera em breve um telefonema do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, para uma reunião com as legendas que compõem a chapa de José Serra. "Nada foi marcado ainda, mas espero o contato de Sérgio Guerra", afirmou. Na opinião do presidente do DEM, a reunião deveria ser feita hoje, para definir o mais rápido possível as estratégias da campanha para o segundo turno.

José Serra viajou a Belo Horizonte (MG) para o velório de Aécio Cunha, pai do senador eleito Aécio Neves (PSDB), e deve retornar na tarde de hoje a São Paulo. A expectativa é de que o encontro ocorra ainda hoje, na capital paulista.

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