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Acompanhe os índices de mortes violentas |
Acompanhe os índices de mortes violentas| Foto:

Olhando os dados absolutos de homicídios no Brasil, os últimos anos da era Lula foram menos violentos que os de FHC. De acordo com o Mapa da Violência 2010, com dados do Ministério da Saúde, o número de assassinatos passou de 40.507, em 1997, para 51.043 em 2003 (alta de 26% na gestão tucana). Já em 2007, já na administração petistas, foram 47.707 mortes – uma redução de 6,5%.

Mas o detalhamento dos dados mostra que a violência, antes concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro, se disseminou por todo o país. Nesses dois estados, muito populosos, houve redução, puxando os índices nacional e regional para baixo. No Sudeste, o número de homicídios caiu 50% entre 1997 e 2007, passando de uma taxa de 56 por 100 mil habitantes para 27,8. Mas na Região Sul, por exemplo, o número de homicídios cresceu 46,4% entre 1997 e 2007, chegando a uma taxa de 43,4.

De acordo com Denis Mizne, diretor do Instituto Sou da Paz, o próximo presidente terá de assumir a segurança como questão prioritária. "Dar prioridade significa mais investimentos, profissionais mais qualificados", afirma.

Segundo ele, não se pode tolerar mais que o governo federal deixe o assunto nas mãos dos estados – o que vem ocorrendo desde antes de FHC até Lula. "Tantas coisas avançaram nos últimos 16 anos, tantos indicadores sociais melhoraram. Mas não houve avanço consistente na segurança. A situação em 1993 era melhor do que hoje."

Além de priorizar o tema, o Planalto precisa cumprir seu papel – isto é, controlar as fronteiras e combater o tráfico de drogas e o crime organizado. "Também é preciso criar um sistema nacional de segurança, com um banco de dados de todo o Brasil e com um modelo de treinamento, de controle e de salários para as polícias", diz Mizne. Outra medida necessária é dar apoio – financeiro e de planejamento – para programas de prevenção às drogas.

Balanço

Segundo Mizne, o governo de FHC teve o mérito de criar o 1.º Plano Nacional de Segurança, em 2000, que criou o fundo e a secretaria nacional. "Começou a assumir que o governo federal tinha um papel na área. Deixou um caminho, mas não avançou muito." Na gestão Lula, o destaque ficou por conta do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). "Foi bem concebido, com preocupação com policiamento comunitário. E aumentou o valor dos investimentos."

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