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O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), aposta que o escândalo que provocou a demissão da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, vai abalar a campanha presidencial da candidata petista Dilma Rousseff. Foi o que ele próprio afirmou, por telefone, certo de que a ministra só deixou o cargo esta manhã para poupar sua candidata.

"A ministra Erenice se diz vítima de uma campanha eleitoreira, mas foi ela quem pediu demissão por razões claramente eleitorais", disse. "Como a candidatura da Dilma será afetada pelo escândalo, a demissão é uma tentativa de reduzir o tamanho do estrago", completou Guerra, salientando não ter dúvidas de que governo e PT decidiram "entregar os anéis para não perderem os dedos".

A cúpula do PSDB acredita que as denúncias, que envolvem empreguismo, tráfico de influência e cobrança de propina, é muito mais fácil de ser assimilado pela opinião pública do que o episódio da quebra dos sigilos de dirigentes tucanos e da filha do candidato do partido à Presidência, José Serra. O senador lembra que a Casa Civil já produziu a demissão "dramática" do ministro José Dirceu, para citar que foi "abatido" pelo escândalo do mensalão e "substituído pela dupla" Dilma e Erenice.

"Foi a Dilma quem escalou a Erenice como braço direito dela e, agora, não dá para ela dizer que não conhecia esta situação. Mas ainda que diga que não conhece, terá que dar explicações ao povo porque vai mostrar que ela não tem liderança para comandar coisa nenhuma", afirmou Sérgio Guerra.

Ameaça

O dirigente tucano admite que este escândalo pode não influir no resultado final da eleição presidencial, mas destaca que, independentemente disso, este caso tem ligação direta com a democracia.

"Se somarmos isto ao dossiê contra Ruth Cardoso (mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), que a Erenice chamou de banco de dados, à ação do presidente da República que fala em extirpar o DEM e sai pelo Brasil cassando senadores da oposição, temos um conjunto assustador, que ameaça a democracia", conclui Guerra.

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