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O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) foi reeleito para um novo mandato neste domingo (31). Com 96,74% das urnas apuradas às 21h18, o tucano somava 52,8% dos votos válidos, não podendo mais ser alcançado pelo rival Ronaldo Lessa (PDT), seu ex-aliado e antecessor no cargo.

O acirramento da disputa marcou a eleição para o governo do estado. Pesquisas nos meses de agosto e setembro indicavam empate técnico entre Teotônio, Lessa e o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Na reta final, as pesquisas apontaram vantagem de Teotônio e Lessa, que governou o estado de 1999 a 2006, acabou conseguindo a outra vaga no segundo turno.

A polarização das pesquisas se repetiu na campanha. Os candidatos trocaram acusações e alguns dos casos acabaram indo à Justiça, que no segundo turno concedeu direitos de resposta na propaganda eleitoral dos dois adversários.

Teotônio nasceu em Viçosa (AL) e tem 59 anos. É casado e tem três filhos. Filho do senador Teotônio Vilela (1917-1983, UDN, Arena e PMDB), foi o mais jovem eleito para o mesmo cargo, aos 35 anos, em 1986. Reelegeu-se em 1994 e em 2002. Em 2006 disputou e venceu a eleição para o governo. É formado em economia e declarou à Justiça Eleitoral em 2010 um patrimônio de R$ 14,6 milhões.

Na campanha pela reeleição, que disputou em coligação com DEM, PP, PSB, PPS e PSC, o governador procurou destacar suas realizações e comparar sua gestão à de Lessa. Citou a criação de leitos hospitalares, construção de escolas em tempo integral e moradias populares.

Também explorou a chegada de novos empreendimentos ao estado, como hotéis em Maceió. Prometeu abrir concursos públicos e promover reajustes salariais para o funcionalismo. Exibiu em sua propaganda na TV declaração de apoio do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus.

Governador vence disputa contra ex-aliadoAliados durante a campanha eleitoral de 2006, Lessa e Teotônio romperam a aliança política em 2007, após críticas do governador ao passivo financeiro deixado pela administração do pedetista. Lessa disputou o Senado em 2006, perdendo a vaga para Collor.

Para tentar reverter a desvantagem nas pesquisas do segundo turno, Lessa subiu o tom dos ataques a Teotônio. Também explorou o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O pedetista recebeu ainda no segundo turno o apoio de Collor, seu antigo rival.

Os questionamentos a Teotônio foram baseados na Operação Navalha da Polícia Federal, de 2007. Na operação, a PF registrou reuniões do governador com Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama, principal empresa investigada no caso. Teotônio sempre negou irregularidades no caso.

Lessa teve de responder a acusações sobre sua condenação por compra de votos nas eleições de 2004. Obteve somente na última semana de setembro decisão favorável no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o retirou da lista dos candidatos "ficha suja". Na terça-feira (26), foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de peculato, crime ambiental e formação de quadrilha em inquérito que apura suposto superfaturamento em obras de drenagem em Maceió tocadas entre 1998 e 2005 pela Gautama.

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