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O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) começou a articular, hoje, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a violação de dados fiscais de cinco pessoas ligadas ao alto escalão tucano, entre elas a filha do presidenciável José Serra, Verônica Serra. A CPI da Receita Federal seria, na avaliação do parlamentar, a forma mais rápida de se chegar até os mandantes da quebra de sigilo. "Não existe instrumento mais ágil do que uma CPI", defendeu.

Vice-líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio defendeu que a CPI seja mista - formada por senadores e deputados. O tucano encaminhou cópia do requerimento para os presidentes dos partidos de oposição coletarem as assinaturas dos congressistas. Para o PSDB, a campanha de Dilma Rousseff, candidata à Presidência pelo PT, pode ter se munido de informações da Receita Federal para interesses políticos.

Sampaio também desafiou Dilma a endossar a CPI, uma vez que a petista defendeu a rápida apuração do caso. "Se realmente essa vontade existe, que seu partido subscreva essa CPI para apurarmos da maneira mais ágil tudo o que está acontecendo na Receita", disse.

No entanto, o senador Alvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB no Senado, ressaltou que em meio à campanha eleitoral, com o Congresso esvaziado pelo recesso branco, seria muito difícil conseguir as assinaturas necessárias para instalar a CPI. "O caso justifica uma CPI, mas o momento a inviabiliza. Será difícil conseguir as assinaturas, e o governo a abafaria facilmente, porque, afinal, eles já se tornaram especialistas em abafar CPIs."

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