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Vídeo gravado em 3 setembro e divulgado nesta quinta-feira mostra uma conversa do ex-senador e ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) com o advogado Adriano Borges - genro do ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal. Na gravação, Roriz aparece discutindo a contratação de Borges para defendê-lo no julgamento da Lei da Ficha Limpa no STF, com o objetivo de interferir no resultado.

No vídeo, Roriz (então candidato ao governo do Distrito Federal) sugere que a contratação de Borges obrigaria Ayres Britto a se declarar impedido de votar - o que, na prática, decidiria o julgamento a seu favor. "Com isso eu ganho... folgado", afirmou na conversa com Adriano Borges. Em seguida, o genro do ministro confirma que, assim que fechassem um contrato, Britto - um dos principais defensores da aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa - estaria automaticamente fora do julgamento.

A estratégia de Roriz, porém, não foi levada adiante: Borges acabou não assumindo a causa, Ayres Britto votou pela aplicação imediata da Ficha Limpa e Roriz teve de desistir da disputa, diante do empate do julgamento da semana passada no STF.

O vídeo, divulgado ontem pelo portal iG, foi gravado no escritório da residência de Roriz e teve trechos editados. O diálogo é truncado, com frases incompletas e dúbias, principalmente no trecho em que os dois discutem o afastamento de Ayres Britto do julgamento e negociam o pagamento dos honorários e de um pró-labore para Borges - no total de R$ 4,5 milhões.

Roriz adianta que, se não houvesse decisão do STF, ele renunciaria à candidatura, o que foi feito na semana passada. Em seu lugar, ele colocou sua mulher, Weslian Roriz, para disputar a eleição para o governo do DF.

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