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As causas do acidente aéreo que vitimou ontem o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas ainda são desconhecidas. O jatinho no qual estavam Campos, quatro assessores e dois pilotos havia partido do Rio de Janeiro pela manhã. A aeronave tentou pousar na base aérea de Santos (SP) , mas precisou arremeter. Segundo a Aeronáutica, a aeronave abortou o pouso em razão do mau tempo. Ao fazer a volta para tentar novo pouso, caiu.

INFOGRÁFICO: Veja a região onde caiu o avião com o presidenciável Eduardo Campos

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O tempo estava ruim no momento do acidente; havia chuva, vento e visibilidade baixa no aeroporto. Mas, segundo os registros meteorológicos da Aeronáutica, havia condições para um avião como o Cessna pousar.

O delegado da Polícia Ci­vil Aldo Galiano disse ontem que as equipes de busca encontraram duas caixas-pretas do avião, que foram enviadas à Aeronáutica. A identificação das vítimas será por DNA, pela Polícia Científica de São Paulo e pela Polícia Federal. Isso porque, em razão do forte impacto, os corpos foram mutilados e não é possível reconhecê-los.

Segundo testemunhas, a aeronave vinha em baixa altitude desde a Praça Mauá, no centro da cidade, depois de tentar pousar na Base Aérea de Santos, que fica no Guarujá, e arremeter. O Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA caiu no meio de um quarteirão de uma vila residencial. De acordo com as equipes de socorro, pedaços da aeronave atingiram 13 imóveis – uma casa ficou totalmente destruída. "Não foi igual ao acidente da TAM (em 2007, em São Paulo), em que havia corpos carbonizados perto do avião. Nesse acidente não dá para achar nem as asas do avião. Não é possível saber onde estão os corpos. A gente não está achando os pedaços. Está muito difícil", disse o capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava sob regime de "arrendamento operacional", destinada a serviços aéreos privados. Todas as licenças operacionais da aeronave estavam regularizadas, segundo a agência.

Problema

O avião usado por Campos havia apresentado problemas durante decolagem em Londrina, em 16 de junho. Segundo o deputado estadual Wilson Quinteiro, líder do PSB na Assembleia Legislativa do Paraná, na ocasião, houve um problema de ignição na aeronave. "Isso impediu a decolagem na época", contou. Segundo o parlamentar, após o problema, Campos e sua comitiva – incluindo a candidata a vice, Marina Silva − decidiram fazer o trajeto Londrina-Maringá de carro. A assessoria de imprensa da Infraero, em Brasília, confirmou que a aeronave que esteve em Londrina em junho era a mesma que caiu na manhã de ontem.

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