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Pesquisa nacional confirma o fim da "onda Marina"

Das agências

A pesquisa Datafolha sobre a eleição presidencial divulgada ontem confirmou a constatação de que a candidata Marina Silva (PSB) parou de crescer e que a presidente Dilma Rousseff (PT) se fortaleceu em relação a sua principal adversária na disputa pelo Planalto. Dilma oscilou de 35% para 36% das intenções de voto. Marina, de 34% para 33%. E Aécio Neves (PSDB), de 14% para 15%, na comparação com a pesquisa anterior, divulgada no último dia 3. Os candidatos Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSol) e Eduardo Jorge (PV) aparecem com 1% cada. Não atingiram 1% das intenções de voto os candidatos José Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta (PCO), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB). Votos em branco e nulos somaram 6% e indecisos, 7%. Marina (com 47%) e Dilma (43%) também aparecem tecnicamente empatadas num cenário de segundo turno. Na pesquisa anterior do Datafolha, da semana passada, Marina tinha 48% contra 41% de Dilma. A diferença havia chegado a 10 pontos porcentuais no final de agosto. Num eventual segundo turno entre Dilma e Aécio Neves (PSDB), a atual presidente ganharia por 49% a 38%, mesmas porcentagens do último levantamento. O Datafolha fez ainda uma simulação entre Marina e Aécio. A candidata do PSB ficou com 54% ante 30% do tucano. Na semana anterior, Marina tinha 56% e Aécio, 28%. O Datafolha ainda pesquisou a taxa de rejeição dos candidatos. Dilma oscilou e tem 33%; Aécio ficou com 23% e Marina Silva, com 18%.

A segunda pesquisa Data­­folha, encomendada pela RPC TV e pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada ontem, mostra a possibilidade de o governador Beto Richa (PSDB) ser reeleito ainda no primeiro turno. O tucano tem 44% das intenções de voto, resultado maior que a soma dos votos válidos dos outros candidatos. Roberto Requião (PMDB) aparece com 28% e Gleisi Hoffmann (PT) com 10%. Entre os nanicos, apenas Ogier Buchi (PRP) pontuou, com 1%. A margem de erro é de três pontos porcentuais. Indecisos somam 10%. Votos brancos e nulos correspondem a 5%.

INFOGRÁFICO: Confira o resultado da pesquisa

O primeiro Da­­­­tafolha, de 15 de agosto, apontava empate técnico entre os candidatos do PSDB e do PMDB, no limite da margem de erro. O tucano aparecia com 39% ante 33% de Requião.

Na comparação entre as duas pesquisas, Richa subiu cinco pontos e Requião caiu outros cinco. Para o cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Fa­­brí­­­cio Tomio, não é possível afirmar que houve fuga do eleitorado de Requião para o tucano. "Parece que o eleitor trocou um pelo outro, mas para chegar a essa conclusão precisaríamos de pesquisas mais profundas", diz.

Essa é a primeira pesquisa Datafolha depois do início do horário eleitoral na tevê e no rádio. Richa é o candidato com maior tempo na programação. "Como aconteceu com outros candidatos da situação e até com a presidente Dilma Rousseff (PT), o horário eleitoral tende a reforçar a campanha de quem já está no cargo, apesar de não ser uma regra absoluta. O candidato tem um discurso do que fez no mandato, enquanto os outros falam do que deixou de ser feito e o que fariam no lugar. Mas, para parte do eleitorado, é sempre uma dúvida se os demais candidatos fariam tanto ou mais do que quem está no posto", comenta Tomio.

Richa teve os maiores crescimentos em algumas categorias de eleitores: entre os mais pobres (de 40% para 49%), os mais instruídos (34% a 48%), no eleitorado masculino (de 37% a 44%), moradores de cidades com até 50 mil habitantes (34% a 41%) e entre os evangélicos pentecostais (37% a 47%). Requião teve redução no número de intenções de voto, principalmente, entre eleitores mais instruídos (de 39% para 27%), entre os evangélicos pentecostais (37% para 27%) e entre os mais velhos (31% para 23%).

Em um possível segundo turno, Richa venceria Requião por 53% a 33%. Neste cenário, brancos e nulos representariam 8% e indecisos, 6%. O Datafolha não fez simulação de segundo turno entre Richa e Gleisi e nem entre Requião e Gleisi.

Pelo twitter, Requião minimizou o resultado da pesquisa. "Beto 44% , então tá. Esperemos as urnas", escreveu. Richa comemorou: "Os números mostram que os paranaenses acreditam em nossas propostas para o Paraná continuar avançando", disse em nota. Gleisi afirma que não comenta pesquisas.

Aprovação

A gestão de Richa é aprovada por 48% dos eleitores paranaenses. Para 36%, a administração é regular e para 12% é ruim ou péssima. 4% não souberam responder. A nota média ficou em 6,4.

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