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Em meio ao apoio de deputados e senadores do PMDB à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB), a bancada mineira do partido na Câmara manifestou nesta quarta-feira (8) apoio à reeleição da candidatura da presidente Dilma Rousseff.

Os deputados mineiros entregaram ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB), carta em que defendem a reeleição da petista --e fizeram críticas públicas ao tucano.

Na carta, os deputados afirmam que um novo mandato de Dilma vai permitir ao país caminhar para sua "democracia plena, em que convivam amplamente as liberdades, os direitos e as igualdades sociais". O documento é assinado pelos seis deputados federais do PMDB de Minas, além da bancada estadual da Assembleia Legislativa.

O PMDB integra a coligação de Dilma, com Temer candidato à reeleição na vice-presidência. Apesar de ser aliado formal da petista, membros da sigla romperam com o governo e aderiram à candidatura de Aécio --alguns, já no primeiro turno das eleições.

Eleito vice-governador de Minas na chapa de Fernando Pimentel (PT), o deputado Antonio Andrade (PMDB) disse que "quem conhece, não compra" a candidatura de Aécio. Andrade discursou em um ato político, na presidência do PMDB, de apoio a Dilma.

"Quem conhece o adversário da presidente não vota [nele], tanto assim que ele perdeu no Estado que ele nasceu e mora, que é o Rio de Janeiro, e no Estado onde ele foi governador [Minas]. Perdeu nos dois Estados. Quem conhece, não compra", afirmou.

Presidente do PMDB, Temer disse que a sigla não vai punir bancadas ou lideranças estaduais que declarem apoio ao Aécio, como é o caso do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que rompeu com o governo após Dilma declarar apoio ao seu adversário na disputa pelo governo do Ceará. "Não é tradição do PMDB fazer punições em função de problemas localizados. Não temos preocupação com isso porque muitas vezes, em locais onde há disputa entre os candidatos, a grande maioria de prefeitos e vereadores se reúne para nos apoiar na área nacional", afirmou.

O vice-presidente disse que, se Aécio quer manter grande parte dos programas do governo Dilma, isso significa que a presidente deve permanecer no poder. "Estamos trabalhando intensamente porque que vale a pena renovar o mandato em função do interesse dos brasileiros. Quando se fala no apoio [dentro do PMDB], está se falando num apoio programático. No fundo, o que está sendo dito aqui é 'nós apoiamos o governo, por isso que estamos vindo aqui'. Se não aprovassem o governo, conscientes como são, não viriam aqui."

PESQUISASO PSDB divulgou nesta quarta pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas em que Aécio aparece com 54% dos votos válidos, contra 46% da candidata do PT. Temer minimizou o resultado ao afirmar que a vantagem de Aécio era "esperada" diante da visibilidade que o tucano recebeu ao chegar no segundo turno da corrida presidencial. "O Aécio teve exposição muito grande com a ascensão surpreendente que ele teve. Isso cria uma onda, como foi criada no tempo da Marina. Eu não sei que pesquisa é essa, mas espera-se que ele tenha ascensão muito grande nesse momento", disse.

Temer afirmou que a "pesquisa verdadeira" só será revelada no dia 26 de outubro, data do segundo turno das eleições.

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