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Marina criticou duramente o governo Dilma e negou que vá acabar com programas sociais | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Marina criticou duramente o governo Dilma e negou que vá acabar com programas sociais| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Candidato a vice do PSB recebe demandas da Faep

O candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), se encontrou ontem pela manhã com lideranças do agronegócio paranaense em um evento promovido pela Federação de Agricultura do Paraná (Faep). As lideranças do setor apresentaram algumas reivindicações como a liberação do uso de trabalhadores terceirizados nas lavouras, hoje proibido.

"Isso reduziria os custos [dos produtores]", afirmou Ágide Meneguette, presidente da Faep, sobre a proposta. "Produtores de laranja, café e mandioca foram autuados por manterem mão de obra para utilização em um curto período de tempo". Albuquerque prometeu que o assunto será debatido caso Marina seja eleita.

Os recentes anúncios do governo federal em relação à revisão do crescimento econômico do país e o uso do Fundo Soberano para fechar as contas foram os principais alvos de críticas da candidata à presidência Marina Silva (PSB), em passagem por Curitiba ontem. De acordo com Marina, a utilização do fundo criado para auxiliar o país em casos de emergência é uma "política errada". A candidata chamou sua adversária Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, de "exterminadora do presente".

"O uso do Fundo Soberano é uma demonstração de que o governo está comprometendo a soberania do país. Ele foi criado para situação de extrema gravidade e não para pagar contas", afirmou Marina.

Na segunda-feira, o governo federal anunciou a retirada de R$ 3,5 bilhões do fundo para ajudar a reduzir o impacto da revisão das estimativas de receita líquida de transferências a estados e municípios. Na mesma ocasião, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi revisado de 1,8% para 0,9%. "Alguns especialistas dizem que esse número pode não passar de 0,3%. De qualquer forma, é um crescimento muito abaixo do potencial do país", acrescentou a candidata do PSB.

Marina também voltou a defender a autonomia do Banco Central (BC). Segundo ela, a independência é necessária para que a economia nacional retome a credibilidade. A candidata lembrou que os presidentes do BC tinham status de ministros nos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula. "Eles deram essa autonomia. Esse modelo defende a população."

Em relação a um eventual apoio aos candidatos ao governo do Paraná, Marina reforçou que permanece neutra no primeiro turno, apesar de o PSB apoiar Beto Richa (PSDB). Porém, caso a disputa vá para o segundo turno no Paraná, novas alianças serão discutidas no momento adequado. "Segundo turno se discute no segundo turno", enfatizou.

Negativa

Marina negou que vá acabar com programas sociais do governo. "Disseram que eu vou acabar com o Bolsa Família, com o Minha Casa Minha Vida, com o pré-sal, com o Mais Médicos. Gente, isso não é uma pessoa. É o exterminador do futuro", declarou. "E vocês sabem por que a Dilma diz isso? Porque não quer que a população veja quem é que está exterminando o presente."

Para a candidata do PSB, de tanto falar mentiras contra ela, Dilma perderá o respeito da sociedade brasileira. "Dizem que uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Não é fato. Uma mentira repetida mil vezes vai continuar a ser uma mentira, porque os brasileiros sabem que é mentira. Que respeito terá essa figura diante da sociedade brasileira?", questionou.

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