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Dilma, sobre o “3º turno”: “Uma eleição é uma eleição. Ganha quem conquista a maioria e eu conquistei a maioria” | Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Dilma, sobre o “3º turno”: “Uma eleição é uma eleição. Ganha quem conquista a maioria e eu conquistei a maioria”| Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

Diplomacia

18 chefes de Estado dão parabéns a Dilma pela reeleição

Estadão Conteúdo

Um dia após ser reeleita para mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff recebeu telefonemas e mensagens de parabenização de pelo menos 18 chefes de Estado – entre eles o dos Estados Unidos, Barack Obama; da Rússia, Vladimir Putin; da França, François Hollande; da China, Xi Jinping; além de presidentes dos países vizinhos da América do Sul.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou ontem um telegrama de congratulações, no qual destaca a importante parceria entre os dois países e o desejo de "fortalecer as relações bilaterais". Obama ainda agendou um telefonema para Dilma para hoje. As relações entre os dois países estiveram estremecidas depois de o Brasil ter descoberto que Dilma e auxiliares diretos da presidente brasileira foram alvo de escutas pela NSA, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em agosto do ano passado. O episódio levou a presidente Dilma a cancelar a visita que faria em outubro a Obama. Para hoje, também estão agendados telefonemas da chanceler alemã, Angela Merckel, e do presidente do México, Enrique Peña Nieto.

  • Obama: fortalecimento das relações bilaterais

Em suas duas primeiras entrevistas após ser reeleita, ao Jornal da Record e ao Jornal Nacional da Rede Globo, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que o recado dado nas urnas é de "mudança" e que haverá anúncio de medidas na área econômica até o fim do ano. Ela ainda voltou a defender a realização de uma reforma política por meio de plebiscito. E rechaçou a possibilidade de haver um "terceiro turno" – em referência a um eventual questionamento da legitimidade de seu mandato devido às suspeitas de corrupção na Petrobras.

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A condução da economia foi um dos assuntos em que Dilma mais foi questionada pelos jornalistas da Record e da Globo. Ontem, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia com desvalorização de 2,77% e o dólar subiu para R$ 2,52, nível historicamente alto. Apesar da agitação dos mercados, Dilma preferiu não anunciar nenhuma medida, tampouco o nome do novo ministro da Fazenda (o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco é um dos cotados).

"Eu gosto muito do Trabuco, mas acho que não seja o momento e a hora de discutir nomes para o próximo governo", afirmou. "As bolsas americanas caíram, as bolsas europeias caíram e o mundo está enfrentando muitas dificuldades. É verdade que [as bolsas] no Brasil caíram mais. As medidas vão ser essas de objeto de amplo diálogo com todos os setores", disse Dilma. "Não se trata aqui de fazer uma lista de medidas e sair dizendo como se eu chegasse e fizesse proposta. Não acho que esse é o caminho correto. O caminho correto é justamente da abertura de um diálogo. Temos que esperar o mercado acalmar. Ele vai acalmar." A presidente reeleita afirmou também que vai levar algum tempo para sinalizar qual será sua nova política econômica. "Agora, não é hoje [o anúncio]", disse. "[Vai ser] antes do final do ano, a partir deste mês que se inicia na próxima semana."

Petrobras

Questionada se acredita que as investigações da corrupção na Petrobras poderiam levar a um "terceiro turno", a presidente disse que quem pretende continuar em campanha eleitoral neste momento presta um "desserviço" à nação. Reportagem da revista Veja desta semana cita um depoimento do doleiro Alberto Youssef, que teria revelado que Dilma e o ex-presidente Lula sabiam dos desvios na estatal – o que poderia gerar o questionamento da legalidade de seu mandato. "Uma eleição é uma eleição. Ganha quem conquista a maioria e eu conquistei a maioria." Dilma ainda prometeu investigar os casos de corrupção no governo "doa a quem doer".

Nas entrevistas, a presidente também defendeu a consulta popular como essencial para promover a reforma política. "O Congresso vai ter sensibilidade para perceber que isso é uma onda que avança", disse. No caso, o Legislativo teria de convocar o plebiscito. Dentre as medidas defendidas por Dilma está a proibição de doações eleitorais feitas por empresas.

A presidente também reforçou a mensagem de abertura ao diálogo e de união que havia marcado seu discurso de vitória, anteontem. "Nessa eleição, mesmo com visões e posições contraditórias, os brasileiros apresentaram uma visão comum: a busca de um futuro melhor para o Brasil. Essa busca é a grande base para que tenhamos união." E prometeu fazer mais mudanças, palavra que pautou tanto o discurso da oposição como o dela própria durante a campanha. "Temos de ser capazes de garantir as mudanças que o Brasil precisa e exige. Isso fica claro nessas eleições."

Reforma ministerial começa a ser planejada

Folhapress

Um dia após ter sido reeleita, a presidente Dilma Rousseff passou parte da segunda-feira no Palácio da Alvorada em reuniões para discutir mudanças ministeriais. No início da tarde, ela se reuniu por cerca de uma hora com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ainda durante a campanha do 1.º turno, Dilma sinalizou a saída do ministro como um aceno de reaproximação com o setor empresarial. Dias depois, afirmou que a saída foi um pedido do próprio Mantega. Por isso, uma das primeiras medidas aguardadas pelo mercado é o anúncio de quem substituirá Mantega. Um dos cotados é o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco.

No fim da tarde, Dilma recebeu o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o governador eleito do estado, Rui Costa (PT). Wagner participou ativamente da campanha da petista no 2.º turno e é cotado para assumir algum ministério. Especula-se que ele assumirá as Relações Institucionais ou a Fazenda. Dilma ontem também se reuniu com o assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Imprensa

Dilma pretende conversar nesta semana com jornalistas de grandes jornais. O objetivo é mandar uma mensagem conciliatória à mídia após a ofensiva contra a revista Veja e a Editora Abril nos últimos dias de campanha.

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