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A cada semana, a Gazeta do Povo está questionando todos os candidatos ao Palácio Iguaçu a respeito de suas propostas para enfrentar os grandes desafios do Paraná.

Uma luta por dia por uma vida sadia

Um desses desafios é a saúde. Um dos grandes problemas é a concentração dos serviços de alta complexidade na Região Metropolitana de Curitiba e em poucos polos regionais. Apesar de ser um problema nacional, a concentração dos serviços no Paraná é mais forte do que a de outros estados com perfil semelhante. Essa concentração gera grandes transtornos para as famílias que precisam deixar suas cidades para internamento. Por outro lado, esses serviços de alta complexidade são custosos, e não há como ofertá-los em todas as regiões.

Com base nisso, foi feita a seguinte pergunta: como o candidato pretende gerenciar os serviços de média e alta complexidade, ambulatorial e hospitalar, no Paraná? Além disso, os candidatos foram convidados a apresentar suas propostas gerais para a Saúde. Confira:

BETO RICHA - PSDB

Outras propostas:

Atenção PrimáriaConstruir, ampliar, reformar e equipar mais 600 Unidades de Saúde da Família em todas as 22 regiões de saúde, para ampliar o acesso a população aos serviços de saúde e melhorar o atendimento em todos os municípios do Paraná;

Implantar a residência médica em medicina de família e a residência multiprofissional para melhorar a qualidade da assistência prestada a toda a população;

Manter o apoio financeiro aos municípios para a manutenção das equipes da APS;

Apoiar os municípios, de modo a garantir:A presença de médico em cada equipe de Saúde da Família;

Unidades de saúde bem construídas, equipadas e com instalações adequadas;A informatização de todas as unidades de saúde, com conexão de internet, possibilitando a marcação de exames e consultas especializados, em outras unidades da região;

Acesso a serviços diagnósticos e atendimentos ambulatoriais especializados marcados pela unidade de atenção primáriaSistema para transportar pessoas em busca de atenção à saúde, com garantia do movimento adequado de material biológico, dos resíduos dos serviços de saúde e das equipes de saúde.

Rede Mãe Paranaense

Implantar o serviço de reprodução assistida para todas as mulheres que desejarem engravidar;

Implantar a residência em enfermagem obstétrica para qualificar a atenção as gestantes e ao parto;

Disponibilizar métodos contraceptivos para as mulheres e homens.

Rede Paraná UrgênciasManter o HOSPSUS fase I e II e ampliar a assistência hospitalar com a implantação da fase III do Programa de Apoio aos Hospitais com menos de 50 leitos, garantindo o atendimento de urgência para todos os municípios;

Manter e ampliar o transporte aéreo, abrangendo as 4 macroregiões do Estado.Implantar mais 1000 leitos nos hospitais regionais em Ivaiporã, Telêmaco Borba, Guarapuava, Cascavel, Londrina, Toledo, Umuarama, e Paranavaí;

Centros de Especialidades do ParanáImplantar mais 11 centros de especialidade do Paraná de forma a contemplar todas as 22 regiões com atenção especializada.

Rede de Atenção a Pessoa com Deficiência

Investimentos para a implantação de serviços de fisioterapia junto aos Núcleos de Apoio à Saúde Família

Implantação de Centros Especializados em Reabilitação, em todas as 22 regiões do Estado.

Implantação do Serviço Integrado de Saúde Mental em 22 Regiões do Estado do ParanáO SIMPR – Serviço Integrado de Saúde Mental é um dos pontos de Atenção da Rede de Saúde Mental. É o diferencial do Paraná na atenção às pessoas com necessidades decorrentes do uso do crack, álcool e outras drogas.

O serviço tem o perfil tanto ambulatorial quanto residencial temporário com atuação regional e plantão 24 horas. Além do atendimento multiprofissional, quando necessário, o SIMPR também poderá oferecer moradia temporária conforme indicação da equipe de saúde

Rede de Atenção a Pessoa IdosaCriar Centros de Referência de Atenção da Pessoa Idosa em cada macrorregião, para a realização de estudos e de treinamento e capacitação de profissionais de saúde.

Implantar ações para o enfrentamento das diversas formas de violência contra a pessoa idosa, em parceria com a Secretaria da Família e Segurança;

Implantar em parceria com os municípios, centros de convivência de Idosos, em especial na periferia das grandes cidades do Estado.

Garantir acesso a medicação necessária à atenção à pessoa idosa;

Implantar os serviços de Cuidados Continuados para atender os idosos frágeis e ofertar apoio às famílias nos cuidados desses idosos, em todas as regiões de saúde.

GLEISI HOFFMANN - PT

OUTRAS PROPOSTAS: Mais Médicos Especialistas. Acabar com as filas de espera por consultas com médicos especialistas. Em complemento ao programa federal Mais Médicos, que privilegia o atendimento básico, vamos contratar profissionais e serviços junto às clínicas médicas, oferecendo atendimento com prioridade para a ginecologia, a pediatria, a geriatria, a oncologia, ortopedia e cardiologia.

Exame na Hora Certa. Acabar com as filas de espera por exames clínicos e de laboratório. Vamos contratar pessoal e equipar Hospitais Regionais e consórcios municipais de saúde.

Diagnóstico em tempo real. Conectar em rede as unidades básicas de saúde nos municípios com os serviços especializados de referência, fazendo a análise de exames e seu diagnóstico à distância em tempo real. O programa vai agilizar o atendimento médico, facilitando a troca de informações entre médicos e pacientes.

Fortalecimento do Atendimento de Urgência. Tratar o atendimento de urgência como prioridade absoluta. Isso significa ter ambulâncias do SAMU e SIATE em funcionamento integrado em todos os municípios do Estado. Aumentar o número de UPAs em todas as regiões do Paraná, em funcionamento em rede com Hospitais de Referência. Além de criar uma Força Estadual de Saúde para auxiliar os municípios em situações de emergência de saúde pública.

Atenção básica. Apoiar os municípios a ampliarem o acesso, agilizar e melhorar a atenção básica no estado.

Dotar todas as Unidades básicas de saúde com ponto de conexão de internet e interligar toda a rede de atenção básica ao estado; Compor equipes técnicas para prestar apoio diagnóstico e terapêutico a todos os médicos nos diversos municípios;

Implantação de núcleos regionais de saúde, bem como programas de formação em parceria com as Universidades e Hospitais Regionais;

Reformar e construir novas unidades básicas de saúde bem como apoiar municípios a participarem de Programas como o Mais Médicos e o PROVAB e parceira com o Governo Federal.

Criar uma rede de coordenação especializada para melhor organizar encaminhamentos, consultas, bem como estimular adensamento de tecnologias nas Unidades Básicas de Saúde: ECG, Eletrocautério, etc;

Rede Integrada de Urgência. Organizar e regular uma rede que seja capaz de atender 100% da população do Estado:

Central Estadual de Monitoramento e Encaminhamentos – organizar nas diversas regiões para o monitoramento e encaminhamento de urgência e emergência;

Atendimento 24 horas – incentivar a abertura e ou a ampliação do horário de funcionamento de unidades de Pronto–Atendimento, unidades básicas de saúde e Centros de Atenção Psicossocial para atenderem 24 horas.

Telessaúde Paraná Urgência – integrar pronto-atendimento e pronto-socorro em redes de Telessaúde para apoio e diagnóstico, terapêutico e regulação assistencial, tendo os hospitais regionais como referência.

Organizar serviços de referências por linhas de cuidados (IAM, AVC, Trauma, Materno-infantil, saúde mental)

Ampliar a retaguarda de leitos hospitalares e incentivar a implantação de leitos de longa permanência e SAD;

Estabelecer ações de incentivos e metas quantitativas e qualitativas aos hospitais de urgência e emergência

Centros de Referências. Garantir que a atenção especializada seja mais eficaz e que esteja mais próxima dos cidadãos por meio da criação dos Centros de Referências.

Organizar linhas de cuidado e serviços de referência de base territorial, tais como: Centros Especializados à Criança, à Mulher, o Idoso, saúde mental, álcool e drogas, doenças cardio-vascular-pulmonar, muscoesquelético, reabilitação com pessoas com deficiência, entre outras;

Promover adensamento tecnológico nas Unidades de Referências Especializadas;Consórcios Intermunicipais – apoiar o desenvolvimento dos consórcios intermunicipais garantindo melhor infraestrutura física, tecnológica e de financiamento.

Implementar Rede de Telessaúde Paraná – Especialidade.

Criar incentivo ao desempenho e qualidade na atenção especializada, nos hospitais e nas policlínicas com metas qualitativas e quantitativas;

Secretaria de Saúde. Reestruturar a forma de funcionamento da Secretaria de Saúde, melhorando os aspectos de ampliação tecnologia, gestão e eficiência do sistema.

Reorganizar a abrangência e o papel das Regionais de Saúde;

Construir um novo modelo gerencial para os hospitais estaduais;

Criação de núcleos de apoio às regionais e aos municípios; Valorização dos profissionais da saúde.

Estimular a formação continuada e garantir, via concurso público, mecanismo automático de substituição das aposentadorias e exonerações.

ROBERTO REQUIÃO - PMDB

Temos plena convicção de que uma ambulância com destino à capital não pode ser considerada como um tratamento de saúde digno para os paranaenses. Foi pensando assim que no período de 2003 a 2010, nosso governo investiu mais de R$ 300 milhões para viabilizar uma rede descentralizada de hospitais com capacidade de oferecer serviços de média e alta complexidade em diversas regiões do Estado.

Em oito anos, ampliamos o investimento na área da saúde em mais de 400%. O Estado saiu de um orçamento anual, em 2002, de R$ 415 milhões para mais de R$ 2 bilhões em 2010. Ao somar o total destinado ao setor nos oito anos da nossa gestão, mais de R$ 10 bilhões foram aplicados na saúde pública no Paraná.

Ao todo foram 13 hospitais construídos e 31 reformados ou ampliados no nosso mandato, mais 250 Clínicas da Mulher e da Criança. Além de concluir as obras, investimos na aquisição e instalação dos equipamentos e insumos, na contratação de servidores e na implantação do corpo clínico para colocar em funcionamento as suas unidades. São hospitais novos, com atendimento especializado que não existiam em determinadas regiões ou até mesmo no Paraná. O volume de investimento é superior a R$ 300 milhões. Infelizmente, alguns desses hospitais estão abandonados pela atual gestão. Aliás, a gestão da saúde pelo atual governo é temerária, pois não consegue investir os 12% do total arrecadado em impostos, conforme o exigido por lei.

Nossa proposta para os próximos quatro anos é universalizar o acesso à saúde. Vamos reativar a rede de 44 hospitais regionais que o atual governo abandonou, começando por concluir obras que estão inacabadas, equipar e contratar pessoal para o pleno funcionamento dessas unidades.

Em complemento a essa iniciativa, iniciaremos a construção de hospitais regionais para atendimentos de alta complexidade, bem como resgatar a proposta original das Clínicas da Mulher e da Criança, completar a rede anteriormente planejada e vinculá-las às maternidades de referência, como estratégia para a efetiva redução da mortalidade materno-infantil.

Para que isso aconteça de forma ordenada e eficiente, criaremos o Sistema Integrado da Rede Hospitalar, com seis polos estaduais de alta complexidade, para atender às macro regiões de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Guarapuava.

A retomada do funcionamento da rede é imprescindível para a regularização do fluxo de atendimento e enfrentar as filas de espera por cirurgias e demandas por serviços especializados. Essa estrutura estará apoiada por uma rede de 22 regionais de saúde, que por sua vez realizarão atendimentos de média complexidade e alguns procedimentos de alta complexidade. Para organizar ainda mais esse fluxo e diminuir a fila de espera, haverá a retaguarda de 83 microrregionais de saúde, que realizarão os atendimentos de baixa complexidade e alguns procedimentos de média complexidade. Essa verdadeira teia ordenará o sistema, que atualmente é desorganizado, e evitará a superlotação dos hospitais da Região Metropolitana de Curitiba, bem como longa fila de espera para os atendimentos especializados.

Também vamos fortalecer a relação do Estado com os hospitais conveniados com o SUS, estabelecendo um curso fluente no atendimento regionalizado e em centros de especialidades. E promoveremos o diálogo com os prestadores de serviços com relação aos valores pagos para os atendimentos do Estado via SUS.

No caso dos dependentes químicos, atuaremos prestando o atendimento ao dependente na rede pública, por meio da rede de comunidades terapêuticas, além de dar todo o apoio à família do dependente, pois entendemos que a família toda se torna refém das drogas e, portanto, também necessita do apoio do Estado.

Além disso, vamos reforçar o conceito de Atenção Primária à Saúde como porta de entrada da assistência à saúde pelo SUS, expandir as Unidades Básicas de Saúde (Postos de Saúde) e as Equipes Saúde da Família. Temos 2.500 postos de saúde e 2.000 equipes de Médicos da Família, uma enorme estrutura que está funcionando com deficiência nesses últimos quatro anos. A estrutura existe, cobre todo o Estado, trata-se agora que colocá-la em movimento. E, finalmente, garantiremos o cumprimento integral da Emenda 29, bem como a adoção de políticas públicas necessárias para que os paranaenses adoeçam menos. Todos os paranaenses têm direito à assistência médica, ao tratamento e à cura. E é dever intransferível do Estado a plena satisfação desse direito. BERNARDO PILOTTO - PSol

Todos os dias, milhares de pessoas vão até Curitiba em busca de tratamento, em ônibus e vans que passam a noite em estradas esburacadas e perigosas.

Além da questão humanitária, é preciso dizer que este modelo dificulta os tratamentos e passa a gerar outros agravos à saúde. E, apesar do SUS ter a hierarquização como diretriz, o que acontece atualmente é muito diferente disso, visto que a população é levada para a capital por conta de necessidades básicas de saúde.

A construção de hospitais regionais é a nossa proposta, de médio prazo, para evitar a superlotação dos maiores hospitais, permitindo que estes se concentrem nos atendimentos de maior complexidade. Além disso, é uma medida que combate a compra de serviços da iniciativa privada (mecanismo que vem favorecendo as indústrias da saúde).

No Paraná, temos universidades estaduais com cursos de medicina interiorizados e isso garante a presença de hospitais de alta complexidade no interior. Mesmo assim, hospitais regionais de média complexidade continuam necessários e são parte da política de garantir o acesso à saúde próximo a moradia do usuário, facilitando o vínculo e o tratamento e evitando o surgimento de outros problemas de saúde.

Nosso programa de governo ainda traz outros pontos para a área de saúde. Destaco o fortalecimento da Escola de Saúde Pública, garantindo cursos de mestrado e doutorado e mais cursos de especialização e capacitação, permitindo uma melhor qualificação dos trabalhadores da saúde. É dessa forma que teremos condição de atender melhor áreas específicas da saúde, como saúde indígena, saúde LGBT, o enfrentamento a violência obstétrica, a saúde da mulher, entre outros pontos. Além da rede de hospitais regionais e da Escola de Saúde Pública, ainda temos os seguintes pontos: construção de uma empresa pública de medicamentos (tal qual outros estados, como MG, RS e SP), fortalecimento dos CEREST's (Centros de Referência de Saúde do Trabalhador), aumento das verbas para a saúde pública (indo além do piso de 12%).

Essas propostas só fazem sentido se pararmos as terceirizações na área, com a volta da realização de concursos públicos. Reafirmamos nossa posição contrária a qualquer tipo de privatização e terceirização na saúde, pois entendemos que a saúde (e a doença) não pode ser objeto do lucro de alguns.

RODRIGO TOMAZINI - PSTU

TULIO BANDEIRA - PTC

E o governo Tulio Bandeira dará maior ênfase a saúde primaria do Estado, levando a todas as regiões direta e indiretamente, como mutirões de saúde da mulher (incluindo mamografia anual, preventivo do colo uterino, as quais são as duas maiores causas de morte de mulheres no Brasil entre 20 e 45 anos), saúde do idoso, (estando preocupado com envelhecimento da nossa população, criando centro de saúde da melhor idade para o controle da osteoporose, identificação e assistência nas doenças degenerativas e também para os homens com o câncer de próstata), entre outros.

Trabalharemos também com processos de Telemedicina, principalmente nos casos de segunda opinião como na área oncológica, onde for necessário um novo parecer para a tomada de decisões, utilizando a infraestrutura tecnológica criada pela Copel e pela Celepar.OGIER BUCCHI - PRP

Na questão da saúde, nossa meta é a gestão adequada dos recursos, dentro do Orçamento/2015. E na gestão dos recursos, vem em primeiro lugar, um trabalho de prevenção, de fato, em toda a rede de atendimento de saúde. O Paraná tem hoje 15 hospitais de grande porte, mantidos com recursos do SUS e do governo Estadual. O atendimento de alta complexidade, como acontece em atendimentos de saúde no mundo inteiro, deve ter centrais específicas, para tratamentos complexos, para onde serão enviados os pacientes para os procedimentos indicados. Isso vem acontecendo, e um exemplo que posso citar é o Centro de Transplante de Medula do Hospital de Clínicas, que já funciona assim e com o redirecionamento dos recursos, pode perfeitamente atender a demanda dos paranaenses. Só para citar mais um exemplo: o Paraná implantou quatro Comissões de Procura de Orgãos e Tecidos, em quatro grandes centros – Curitiba, Cascavel, Maringá e Londrina. E já pulou de 10º para 4º lugar no número de transplantes de órgãos. É esse o caminho.

E para detalhar mais ainda nosso projeto: teremos esses centros de alta complexidade e investiremos pesadamente na infraestrutura de estradas, na compra de ambulâncias, na fiscalização do transporte interestadual para que os paranaenses possam ser diagnosticados em seus locais de origem e encaminhados para os centros especializados. Na prática, a medicina privada já estabeleceu esse diferencial e é o que nós faremos no atendimento público.

GEONISIO CESAR MARINHO - PRTB

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