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Os kits anti-homofobia destinados a escolas viraram motivo de polêmica na campanha em São Paulo nesta segunda-feira (15). Segundo matéria do jornal Folha de São Paulo, o candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista, José Serra, distrubiu um kit para as escolas paulistas em 2009, quando era governador. Serra tem criticado duramente a iniciativa do candidato do PT, Fernando Haddad, de distribuir um kit semelhante quando era ministro da Educação. O tucano tem chamado o material de "kit gay".

Serra afirmou que é uma "mentira" dizer que o material anti-homofobia feito pelo governo de São Paulo em sua gestão seja semelhante ao do MEC (que teve sua distribuição vetada pela presidente Dilma Rousseff). "O nosso material é correto. Não é um material só voltado à questão de natureza sexual, mas também a preconceito de classe, a preconceito religioso. É um material voltado ao fortalecimento da família", disse o tucano. "É um material voltado aos professores (...), não tem nada a ver com o desastrado 'kit gay' do Fernando Haddad que custou R$ 800 mil, a Dilma vetou e está aí sem nenhum efeito".

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também entrou na polêmica. Para ele, não há como escapar das discussões. Ele argumentou que muitas vezes não são os candidatos que estabelecem a pauta de discussões. "Ela surge da sociedade civil do debate. Esse não deve ser o foco da eleição, mas também não há como não discutir", disse.

Aliado de Serra, o pastor evangélico Silas Malafaia divulgou vídeo no qual diz que a cartilha distribuída pelo tucano "não deturpa o conceito de família" e que compará-la ao "kit anti-homofobia", idealizado pelo adversário Fernando Haddad (PT) no Ministério da Educação, "é uma afronta à inteligência".

Haddad não tocou no assunto nesta segunda-feira. Enquanto o horário eleitoral de Serra destacou as fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) durante a gestão de Haddad no Ministério da Educação, o programa do petista deu destaque aos apoios da presidente Dilma Rousseff e do candidato derrotado do PMDB à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalitta, a sua candidatura.

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