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Mesmo distante, PSDB ainda aposta na “votação histórica” de Aécio em Minas

Essa "votação histórica" em Minas serviria para compensar dificuldades que Aécio possa ter em outros Estados, como sempre afirmou o ex-ministro Pimenta da Veiga, candidato ao governo de Minas pelo PSDB

Após início de campanha e faltando dois meses para a eleição, o senador tucano Aécio Neves (MG), candidato ao Planalto, lidera a disputa em Minas Gerais, mas ainda segue distante da "votação histórica" esperada pelo PSDB.

A vantagem que ele tem sobre a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo colégio eleitoral do país (15,2 milhões de eleitores, que corresponde a 10,7% do total) é de pouco mais de 1,5 milhão de votos, a se considerar a última pesquisa de opinião disponível.

Segundo pesquisa Ibope, Aécio tem 41% das intenções de voto, contra 31% de Dilma. Eduardo Campos (PSB) tem 5%. A pesquisa Ibope ouviu 1.512 eleitores entre os dias 26 e 28 de julho.

O levantamento está registrado no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) com o número 0058/2014 e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob o número 00268/2014. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança do levantamento é de 95%.

Nas estratégias do PSDB, Aécio precisaria de uma votação mais expressiva no seu Estado natal para poder garantir a passagem para o segundo turno da disputa presidencial o ideal para os tucanos seria dobrar a diferença de votos que têm atualmente sobre a presidente em MG.

Essa "votação histórica" em Minas serviria para compensar dificuldades que Aécio possa ter em outros Estados, como sempre afirmou o ex-ministro Pimenta da Veiga, candidato ao governo de Minas pelo PSDB.

No Rio, por exemplo, terceiro colégio eleitoral (8,5% do total de eleitores), Dilma tem uma frente de 20 pontos percentuais sobre Aécio (35% a 15%).

A maior votação na disputa em primeiro turno já alcançada por um candidato a presidente em Minas aconteceu em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso abriu 3 milhões de votos sobre o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

A votação obtida pelo tucano 20 anos atrás representou 51,3% do total de votos. É o parâmetro que o PSDB tem agora. Para alcançar esse percentual em 2014, Aécio terá que conquistar os votos de mais 1,5 milhão de conterrâneos.

A tarefa não é simples, considerando que Dilma é a presidente e também nasceu em Minas, embora tenha construído sua carreira política no Rio Grande do Sul. As ações das campanhas tucanas de Pimenta para o governo e do ex-governador Antonio Anastasia para o Senado têm foco também nessa questão.

Além da propaganda na TV, que terá início na segunda quinzena de agosto, os contatos do PSDB e seus aliados com lideranças municipais são uma aposta.

O presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, enumera cerca de 1.200 candidatos a deputados aliados que receberam a incumbência de buscar ampliar o leque de apoiadores. Ele disse que, em 1994, FHC tinha a seu favor o sucesso do Plano Real.

Anastasia, que lidera todas as pesquisas para o Senado, deixou a coordenação do programa de governo de Aécio com o único propósito de se dedicar mais às campanhas de Aécio e Pimenta.

"Eu estou trabalhando pela eleição dele [Aécio] aqui, uma vitória em Minas com uma grande frente. É muito importante para a vitória nacional uma vitória expressiva de Aécio aqui. Eu tenho certeza que ocorrerá", disse Anastasia.

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