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Mais de 40 horas após a queda do avião, os moradores dos imóveis atingidos pela aeronave que caiu em Santos começaram, na madrugada desta sexta-feira (15), a retornar às suas casas.

● Leia a cobertura completa da morte de Eduardo Campos

A queda do avião, na última quarta (13), matou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas - quatro assessores dele e dois pilotos.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil liberaram a maior parte dos imóveis. Dos 11 imóveis interditados logo após o acidente, quatro apartamentos e uma academia seguem bloqueados na manhã desta sexta (15). Os moradores que estão voltando para casa são dos seis imóveis liberados.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Daniel Onias Nossa, não há risco de desabamento nesses locais, mas eles não têm condições para ser habitados.

"Os proprietários [dos cinco imóveis ainda bloqueados] terão de apresentar um plano de recuperação ao Departamento de Obras da prefeitura e realizarem as reformas necessárias", afirma.

Os quatro apartamentos e a academia podem ser liberados na tarde de hoje. Antes, nesses locais, a Polícia Federal realizará uma varredura, por meio de imagens 3D, para determinar a trajetória do voo.

Agentes da PF chegaram ao local do acidente às 9h desta sexta.

Acidente

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu na quarta em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.

Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite de quarta-feira na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.

Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.

O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.

Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.

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