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Multidão de apoiadores recepcionou Dilma Rousseff ontem em Curitiba: trânsito ficou complicado na região central da cidade | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Multidão de apoiadores recepcionou Dilma Rousseff ontem em Curitiba: trânsito ficou complicado na região central da cidade| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Petista adia viagem ao Rio, mas nega que seja por causa da saúde

Estadão Conteúdo

Candidata à reeleição, a pre­­sidente Dilma Rousseff, que viajaria hoje ao Rio de Janeiro para uma extensa agenda de campanha, decidiu mudar os planos e transferir para a próxima segunda-feira o compromisso. Dil­­ma deve passar o sábado em Brasília, no Palácio da Alvorada, onde está prevista a realização de uma coletiva de imprensa. A orientação dos auxiliares e coordenadores da campanha é dedicar o final de semana à preparação do debate da TV Record, amanhã, às 22h. Mas negam que a mudança de última hora se deva a algum problema de saúde.

A presidente passou mal ontem quando concedia uma entrevista ao vivo, após participar do debate do SBT. Devido à repercussão do episódio, gravou um vídeo curto, de 12 segundos, postado em redes sociais para tranquilizar os militantes, informando que está passando bem. O médico da presidente, Roberto Kalil Filho, disse que o mal súbito foi provocado porque ela ficou muito tempo sem se alimentar. Na reta final do segundo turno, Dilma vai intensificar os eventos no Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país.

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Na primeira visita de campanha a Curitiba, no início da tarde de ontem, Dilma Rousseff (PT) falou sobre as conquistas do governo petista e voltou a criticar adversários. Nos cerca de 40 minutos em que esteve em ato público por ruas centrais da capital, a presidente e candidata à reeleição foi acompanhada por uma pequena multidão de simpatizantes.

Em palanque na Praça Ge­­ne­­ro­­so Marques, ela afirmou que "o Brasil criado pelos brasileiros não vai andar para trás", referindo-se ao principal mote da campanha, que é exaltar os governos do PT, há quase 12 anos no poder. Criticando os adversários tucanos, a presidente afirmou que o governo do PSDB ‘‘quebrou o país’’ e ‘‘criou onda de desemprego’’. "Eles quebraram o país e agora aparecem de cara limpa dizendo que vão cuidar do povo. Mas quando tiveram oportunidade de fazer, não fizeram", disse.

Dilma voltou a criticar o ex-ministro da Fazenda, Armínio Fraga – cotado para assumir o ministério, caso Aécio Neves (PSDB) ganhe – afirmando que o papel dos bancos públicos não pode ser reduzido. "Sem os bancos públicos projetos importantíssimos como o Minha Casa Minha Vida nunca poderiam ter sido executados. E eles não sabem o que farão com os bancos públicos", afirmou. Sobre as afirmações recentes do adversário, de que a candidata estaria "à beira de um ataque de nervos", a presidente afirmou que seu partido é de paz, mas não se cala quando provocado.

No carro aberto e no palanque do qual discursou, Dil­­ma estava acompanhada pelo senador Roberto Requião (PMDB), pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), pelo ex-senador Osmar Dias (PDT) e pelo candidato derrotado ao Senado Ri­­cardo Gomyde (PCdoB). A senadora Gleisi Hoffmann (PT) esteve no aeroporto para recepcionar a presidente, mas não acompanhou o ato público. Vários deputados estaduais e federais eleitos, vereadores de Curitiba e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) também estiveram no local.

Militantes

Dilma Rousseff chegou a Curitiba por volta das 14h10. Desde as 11h, no entanto, militantes já estavam concentrados na Praça Santos Andrade, ponto inicial da caminhada. Líderes de movimentos sindicais e sociais fizeram discursos em apoio à candidata e militantes gritaram palavras de ordem em apoio. Muitos estudantes e jovens endossavam a plateia de apoio. Um grupo de pessoas contrárias à Dilma também esteve no local, mas em menor número. Enquanto discursava, algumas bandeiras pró Aécio podiam ser vistas nas janelas dos prédios.

A grande movimentação de pessoas complicou o trânsito na região, entre as ruas XV de Novembro, Marechal Deodoro e Barão do Rio Bran­­co. Motoristas e transeuntes ora animavam os simpatizantes da campanha, ora faziam campanha contrária.

Yared

A senadora Gleisi Hoffmann (PT) não esteve na caminhada e nem ao lado de Dilma Rousseff durante o ato político no Centro de Curitiba. A ex-ministra da Casa Civil, que é próxima de Dilma, teria ido ao encontro da deputada federal eleita Christiane Yared (PTN). Ela foi a parlamentar mais votada no estado, ultrapassando 200 mil votos. Ao lado de Gleisi na campanha estadual, Christiane tinha se declarado neutra no segundo turno das eleições presidenciais. O encontro de ontem, entre Dilma, Gleisi e Christiane, teria sido articulado a fim de tentar convencer a nova deputada a entrar na campanha da presidente.

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