A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro propôs ao Tribunal Regional Eleitoral do estado uma ação de investigação judicial eleitoral contra o candidato ao governo Anthony Garotinho, do PR, por abuso de poder econômico. A PRE pede que o Garotinho fique inelegível por oito anos, além da cassação do seu registro de candidatura para as eleições deste ano.
A Justiça Eleitoral deverá julgar a inelegibilidade do candidato, que poderá recorrer. Enquanto aguarda o julgamento, Garotinho pode permanecer fazendo campanha, e seu nome deve constar na urna eletrônica na data da votação.
Em nota, a Procuradoria afirma que Garotinho participou de diversos eventos com distribuição de brindes, enviou mensagens por celular de teor político e usou páginas virtuais para promoção pessoal e sorteio de prêmios. Todas essas ações teriam ocorrido em no período anterior ao dia 5 de julho, quando a propaganda eleitoral ainda é proibida.
No primeiro semestre, o texto afirma que Garotinho realizou o evento "Caravanas da Paz" em diversos municípios do estado, com a contratação de artistas e distribuição de brindes, configurando "showmício". Esse tipo de evento é proibido pela lei em qualquer época do processo eleitoral.
Antes do início oficial da campanha, a Procuradoria diz que Garotinho fez uso de páginas virtuais para divulgação do seu nome para fins eleitorais, para anunciar as realizações das "Caravanas da Paz" e realizar sorteio de prêmios, entre eles, smartphones.
"A quantidade de eventos realizados pelo candidato, os SMS enviados e as páginas virtuais demandam um gasto expressivo de dinheiro que veio de doações não comprovadas, o que caracteriza abuso de poder econômico", explicou, na nota, o procurador regional eleitoral, Paulo Roberto Bérenger.
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