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Richa disse ver com “normalidade” a presença de acusados de ilegalidades em seu governo | Cesar Machado / Gazeta do Povo
Richa disse ver com “normalidade” a presença de acusados de ilegalidades em seu governo| Foto: Cesar Machado / Gazeta do Povo

Governo bloqueia sites de notícias institucionais

O governo do Paraná bloqueou ontem todos os sites de notícias institucionais do estado. A medida foi tomada depois de uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que determinou a retirada de notícias com publicidade institucional consideradas irregulares do site do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran). A autoria da ação foi da coligação que apoia a candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT).

O juiz auxiliar Lourival Pedro Chemim determinou que o governador e candidato à reeleição Beto Richa, sua vice, Cida Borghetti, a coligação "Todos pelo Paraná", e o diretor do Detran, Marcos Traad, paguem multa de R$ 25,4 mil, individualmente. Ontem, a Agência de Notícias do Paraná dizia que "as notícias desta página ficarão indisponíveis até que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) oficialize o término das eleições 2014".

Questionado sobre o assunto após a entrevista ao Paraná TV 2.ª Edição, ontem à noite, Richa disse desconhecer a medida, mas afirmou que considera elevado o número de ações judiciais na campanha. "Em cada eleição temos visto uma ação muito forte das candidaturas no campo jurídico. É ação o tempo todo, diariamente." (JML e LG)

O governador do Paraná e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB), em entrevista ao Paraná TV 2.ª Edição, da RPC TV, rebateu ontem acusações e declarações feitas no dia anterior pelo senador Roberto Requião (PMDB) argumentando que precisava restabelecer a verdade. Richa negou que tenha retirado da Justiça as ações que pretendiam baixar a tarifa do pedágio, como havia acusado o candidato do PMDB, Roberto Requião, na terça-feira. O tucano disse ainda que pessoas ligadas às concessionárias podem ter feito doações para sua campanha em 2010, mas negou que haja algum "compromisso" de seu governo com os doadores, como sugeriu o peemedebista.

Na terça-feira, Requião tinha acusado Richa de receber R$ 3 milhões em doações eleitorais dos donos de concessionárias e sugeriu que isso teria motivado a retirada de ações contra as empresas na Justiça. O candidato à reeleição negou ter retirado os processos e rechaçou a existência de algum compromisso com as concessionárias. "Recebo recursos de campanha de diversas empresas. Todos me conhecem e sabem que eu sou intolerante com a corrupção." Antes da entrevista,Richa disse que Requião cometeu "estelionato eleitoral" na campanha de 2002 ao prometer que reduziria as tarifas.

O tucano também rebateu Requião, que na entrevista de quarta-feira na RPC TV havia dito que, como senador, nunca havia votado contra a concessão de empréstimos ao Paraná. Richa disse que o peemedebista "fez pior": recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar os financiamentos pleiteados pelo Paraná.

O tucano ainda disse que seu governo vem investindo 12% do orçamento do estado em saúde, como determina a Constituição – embora dados do Tribunal de Contas mostrem o contrário. Segundo ele, o problema foi originado no governo de Requião, quando os recursos de saneamento eram computados como gastos de saúde.

Richa também foi questionado durante a entrevista sobre as presenças do ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi e do secretário Ezequias Moreira em seu governo. Taniguchi foi condenado por crime de responsabilidade pelo STF e Moreira teve envolvimento no caso da "sogra fantasma" – o desvio de dinheiro da Assembleia por meio de uma funcionária que não trabalhava. "Observo tudo dentro da normalidade. O Ezequias está respondendo [na Justiça]. Se for condenado, será desligado sumariamente do governo."

A entrevistada de hoje do Paraná TV 2.ª Edição será a candidata do PT ao governo, Gleisi Hoffmann.

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