Sem documento, eleitora é impedida de votar e se revolta em Maringá

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A técnica em laboratório Luzinete Aparecida Alegre, de Maringá, no Noroeste do Paraná, ficou revoltada depois de aguardar na fila de votação e ser impedida de ir à urna, por não apresentar um documento com foto.

Ela alega que, na semana passada, perdeu a carteira de identidade e que não possui outro documento com foto. Apesar de ter sido identificada pela biometria, a maringaense afirma que o presidente da sessão não permitiu que ela se dirigisse à urna. "Fico revoltada. A biometria veio para ajudar na identificação e impedir fraudes. Pura enganação", disse.

O marido dela, o vendedor Charles Dourado Dantas, disse que chegou a procurar o Fórum Eleitoral na cidade, mas também foi comunicado de que nada poderia ser feito. "Não deixam ela votar mesmo com a máquina dizendo que ela é ela. Essa biometria serve para quê?" questiona.

Analista jurídico do TRE de Maringá, Julian Rodrigues do Nascimento explica que, mesmo com a implantação do sistema biométrico, que identifica o eleitor, a apresentação de um documento com foto continua sendo obrigatória e prevista na legislação vigente. "Não tem o que fazer. A autoridade da sessão, no caso o presidente, é quem decide, e se ele disse não pode, não pode. O que resta é a eleitora apresentar justificativa da ausência de voto no prazo de 60 dias".